“O comércio não suporta essa mazela que foi criada”, diz Marcello Moura sobre o Centro Pop

Marcelo, ao defender a classe empresarial, acredita que o Centro POP deve sair do centro, pois — na sua visão — afeta negativamente o comércio

O empresário e vice-presidente da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agrícola do Acre (Acisa), Marcelo Moura, foi o entrevistado do podcast do ContilNet, Em Cena, nesta segunda-feira (20).

Marcello Moura/Foto: Reprodução

Na ocasião, Moura falou sobre um tema que tem gerado polêmica nos últimos dias: a mudança do Centro POP, que atende pessoas em situação de rua, localizado no centro de Rio Branco. A proposta é que o espaço seja transferido para a Baixada da Sobral — o que tem sido rejeitado pelos moradores da localidade.

Marcelo, ao defender a classe empresarial, acredita que o Centro POP deve sair do centro, pois — na sua visão — afeta negativamente o comércio.

“São temas espinhosos, e eu acredito que a gente tenha que se posicionar nesses temas para que possamos promover esse debate. Por mais que, às vezes, a gente sofra um pouco com os descontentamentos, se a gente está ali, tem que tomar posição, entender e conversar com o empresário. A Acisa e o CDL representam o empresariado. O papel da Prefeitura e do MPAC é muito maior, porque envolve a sociedade como um todo. Não que não nos preocupemos, mas o que a gente vê é que o comércio do centro de Rio Branco não suporta essa mazela que foi criada — que não é culpa das pessoas —, mas que afeta o comércio”, disse.

Centro Pop está localizado, atualmente, no centro de Rio Branco/ Foto: Reprodução

O empresário reconhece que a simples transferência de um local para outro não é o modelo ideal, mas admite não ter competência técnica para afirmar qual seria a estrutura necessária para o serviço.

“Eu lembro, há algum tempo, quando o comércio do centro da cidade era o mais valorizado. Para abrir uma empresa lá, o aluguel era absurdo, porque todas as secretarias de Estado estavam ali, e não existiam esses problemas causados pelos dependentes químicos. Isso tem que ser tratado com responsabilidade. Tem que ser feito um projeto melhor do que esse atual, porque simplesmente transferir não vai funcionar. Vai impactar negativamente a vida desse bairro, dessa população. Talvez não seja o modelo ideal transferir, mas sim criar uma estrutura. Não tenho competência para dizer qual seria essa estrutura, mas gostaria de participar do grupo que vai discutir um modelo que atenda a todas as necessidades”, acrescentou.

O empresário afirmou que se colocou à disposição dos órgãos públicos para participar da discussão.

“Me coloquei à disposição da SASDH e do MPAC para participar dessas conversas, e irei. A gente tem que estar junto não só para pedir a mudança, mas para criar um modelo melhor. O modelo atual, do jeito que está, só distribui alimento”, concluiu.

VEJA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA:

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