BR-317 segue interditada por conta de protesto e candidatos são impedidos de fazer concurso; entenda

A mobilização deve continuar até que os produtores obtenham uma resposta concreta do governo

A BR-317 continua interditada neste sábado (14) por produtores rurais que protestam contra a Operação Suçuarana, deflagrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A mobilização acontece no entroncamento do município de Xapuri, interior do Acre, e é motivada pelo embargo de propriedades dentro da Reserva Extrativista Chico Mendes, além da previsão de despejo de famílias que vivem e produzem na região há anos.

Protestos seguem na BR-317/Foto: Reprodução

Sob o forte sol, agricultores, homens, mulheres, jovens e idosos tomaram a rodovia federal em um ato pacífico, mas determinado. O protesto ocorre sob vigilância da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Força Nacional, acionadas para garantir a ordem e evitar confrontos.

Os manifestantes reivindicam a suspensão imediata da operação e a abertura de diálogo com o governo federal. Segundo eles, as ações do ICMBio estão atingindo moradores tradicionais da reserva, muitos dos quais vivem no local há décadas, desenvolvendo atividades agroextrativistas que, segundo afirmam, respeitam o meio ambiente e sustentam suas famílias.

A PRF está no local/Foto: Reprodução

O bloqueio impede a passagem de veículos nos dois sentidos, com exceção de ambulâncias, veículos com pacientes e cargas perecíveis, que estão sendo liberados após triagem.

A interdição já começa a trazer impactos diretos à população. Internautas de municípios que ficam antes de Xapuri afirmara à reportagem do ContilNet que não estão conseguindo chegar a Epitaciolândia, onde será realizado um concurso público neste domingo (15). Muitos candidatos afirmam que, caso a via continue bloqueada, não conseguirão comparecer ao local da prova, gerando grande preocupação entre os inscritos.

A Operação Suçuarana, segundo o ICMBio, visa coibir ocupações irregulares e atividades ilegais dentro da unidade de conservação. Entretanto, moradores alegam que as ações estão sendo realizadas sem o devido respaldo social e jurídico, afetando famílias legalmente estabelecidas.

A mobilização deve continuar até que os produtores obtenham uma resposta concreta do governo.

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