A Câmara dos Deputados aprovou, nesta segunda-feira (16), o regime de urgência para o Projeto de Lei nº 2.692/2025, que altera a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Com isso, o texto poderá ser votado diretamente no plenário, sem passar pelas comissões.
O projeto prevê o aumento da faixa de isenção para quem recebe até R$ 5 mil mensais, a partir de 2026. Trabalhadores com rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7 mil também terão redução no imposto, o que representa uma economia anual estimada em R$ 1.822,01 para esse grupo, segundo o governo.

Agora, com o regime de urgência aprovado, o texto segue para votação do mérito nos próximos dias/ Foto: Reprodução
Por outro lado, a proposta inclui a cobrança de 10% de IR sobre dividendos, hoje isentos, para valores que excedam R$ 50 mil por ano.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a medida, afirmando que o sistema atual é injusto. “A alíquota efetiva média de quem ganha mais de R$ 1 milhão por ano é 2,5%. Tem alguma coisa muito errada com esse país”, declarou.
A proposta faz parte de uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciada ainda em 2024. Na época, o anúncio provocou instabilidade no mercado, com a alta do dólar, que chegou a ultrapassar R$ 6, e queda na bolsa de valores.
Agora, com o regime de urgência aprovado, o texto segue para votação do mérito nos próximos dias.