Camila Arruda Braz, de 37 anos, tornou-se ré por homicídio qualificado após a 1ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar do Tribunal de Justiça do Acre aceitar a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado (MPAC). Ela é acusada de matar o próprio irmão, Ramon Arruda Braz, de 47 anos, com 37 golpes de faca, em um crime ocorrido no dia 3 de junho, em Rio Branco.

Camila Arruda Braz, de 37 anos, tornou-se ré por homicídio qualificado / Foto: Reprodução
A denúncia do MP aponta que o assassinato foi cometido mediante traição, emboscada ou dissimulação. Segundo o órgão, Camila teria escondido sua real intenção, surpreendendo o irmão e impedindo qualquer forma de defesa. A decisão foi assinada pelo juiz Fábio Alexandre Costa de Farias, que estabeleceu prazo de 30 dias para agendar a audiência de instrução e dez dias para que a acusada apresente resposta por meio da defesa.
O processo tramita em segredo de justiça. Até o momento, a reportagem não conseguiu contato com a defesa de Camila. O juiz também solicitou ao Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac) o prontuário médico da mulher, que possui laudo de transtorno de bipolaridade e já havia sido internada para tratamento, mas estaria sem acompanhamento médico e sem fazer uso de medicamentos antes do crime.
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O assassinato ocorreu na Avenida Noroeste, no Conjunto Tucumã. Camila e Ramon moravam com a mãe, de 64 anos, que não estava presente no momento do crime. Segundo familiares, Camila trancou portas e janelas antes de chamar o irmão para o quarto, o que pode ter dificultado a fuga da vítima e a entrada de socorro. A filha da acusada, de apenas 6 anos, presenciou todo o crime. De acordo com uma testemunha, a criança ficou em estado de choque.
Ramon foi atingido com 37 facadas, sendo 12 delas no coração / Foto: Reprodução
Ramon foi atingido com 37 facadas, sendo 12 delas no coração, conforme relataram familiares. Após o crime, a polícia foi acionada por vizinhos. Camila foi presa em flagrante e levada à viatura algemada. A filha foi amparada por moradores até a chegada de parentes.
Desde então, Camila está detida na penitenciária feminina de Rio Branco, aguardando os próximos desdobramentos do processo judicial.