Julho chegou com seu céu limpo, ar seco e… um espetáculo de tirar o fôlego! Quem anda por Rio Branco já deve ter notado: as ruas e parques estão sendo invadidos por uma explosão de amarelos e roxos. Mas atenção: nem tudo que reluz é ipê! Graças ao olhar atento do meu amigo e super fotógrafo Pedro Devani, descobri que muitas dessas árvores deslumbrantes são, na verdade, Paricás amarelos — e que show eles estão dando!
É impossível não se emocionar. Em pleno auge da seca, quando o calor aperta e a umidade some, essas árvores decidem florescer. Sim, florescer! Como se a natureza, com sua sabedoria silenciosa, nos dissesse: “Ei, mesmo nos tempos mais difíceis, ainda é possível ser belo.”
Quem passa pelo Parque da Maternidade ou pelo Parque do Tucumã nesta época do ano se depara com verdadeiros túneis floridos. O chão se cobre de pétalas como se o céu tivesse decidido tocar a terra. É poesia em forma de paisagem.
Mas os ipês e paricás não são só bonitos. Eles são símbolos de resistência. Eles florescem quando o solo está seco, quando a água é escassa, quando tudo parece dizer “não”. E mesmo assim, eles dizem “sim” à vida, à cor, à beleza.

Créditos do registro fotográfico para Pedro Devani
A ciência confirma o que o coração já sente. O contato com a beleza natural ativa hormônios do bem-estar, como a serotonina e a dopamina. Ou seja, ver um ipê florido é como receber um abraço. Sentiu? Um alento em tempos de pressa, incertezas e desafios.
Não é à toa que essas árvores viraram estrelas nas redes sociais e nas conversas de fim de tarde. Elas nos lembram que florescer não é sobre ter tudo, é sobre fazer o melhor com o que se tem.
Um certo filósofo disse: “É preciso ter um caos dentro de si para dar à luz uma estrela dançante.” Pois bem, os ipês e paricás são essas estrelas. Eles dançam com o inverno, com a seca, com a escassez — e nos ensinam que o florescimento é um ato de coragem.
E você, leitor querido desta coluna semanal: já floresceu hoje?