No início de fevereiro, a desclassificação de Carla Cristina, eleita Miss Acre CNB 2023, para a etapa nacional do Concurso Nacional de Beleza (CNB), gerou intensa repercussão não apenas na mídia nacional, mas também no cenário político. A jovem de 20 anos teve sua participação vetada unicamente por ser mãe, levantando críticas sobre a persistência de estereótipos nas competições de beleza.
![](https://contilnetnoticias.com.br/wp-content/uploads/2024/02/IMG_0102-1200x873.jpeg)
Natural de Cruzeiro do Sul, Carla Cristina afirmou ter enfrentado dificuldades financeiras para participar do concurso/Foto: Instagram
De acordo com o site A Gazeta do Acre, a deputada federal pelo Rio de Janeiro, Talíria Petrone (PSol), uma voz conhecida no movimento feminista, expressou seu repúdio à decisão da CNB. “É uma piada pronta que esses eventos que reforçam os estereótipos ainda tenham pensamentos e regras tão retrógradas. Meu repúdio a essa ação da CNB e espero que possam repará-la”, declarou a parlamentar, manifestando solidariedade à Miss Acre.
![](https://agazetadoacre.com/wp-content/uploads/2024/02/taliria-petrone-19out2021-848x477-1-600x338.webp)
A deputada federal pelo Rio de Janeiro, Talíria Petrone (PSol), expressou seu repúdio à decisão da CNB/Foto: Reprodução
O caso ganhou amplo destaque nos principais veículos de comunicação do país, incluindo G1, O Antagonista, CNN Brasil, O Tempo, Diário do Nordeste, Terra, Rádio Itatiaia, O Globo, UOL e Metrópoles. A polêmica se concentra nas alegações de Carla de que informou sua condição de mãe à organização do concurso, obtendo, segundo ela, a aprovação para competir. No entanto, após desembolsar R$ 5 mil para quitar a inscrição, a candidata foi surpreendida com a retirada de seu título.
![](https://contilnetnoticias.com.br/wp-content/uploads/2024/02/75ACEC7B-B81C-4BA0-A906-CC72F8753F27.png)
Carla Cristina foi destaque em vários sites nacionais/Foto: Reprodução
Leia mais: “Vendi até sopa”, diz miss que perdeu título por ser mãe e não recebeu todo dinheiro investido
Natural de Cruzeiro do Sul, no interior do estado, Carla Cristina afirmou ter enfrentado dificuldades financeiras para participar do concurso, chegando a vender suas roupas e comida para cobrir os custos. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, ela denunciou a atitude da CNB, acusando a organização de agir de maneira contraditória às normas que regem o evento desde 1951.
![](https://contilnetnoticias.com.br/wp-content/uploads/2024/02/IMG_9980-1129x1200.jpeg)
Em conversa com o ContilNet, a Miss Acre relatou que não teve acesso ao regulamento/Foto: Instagram
A resposta da CNB, que justificou a desclassificação com base em regras estabelecidas há décadas, levanta questionamentos sobre a necessidade de revisão e modernização desses critérios, diante da evolução das perspectivas sociais e da luta por igualdade de gênero. O episódio ressalta a importância do debate sobre os padrões impostos em concursos de beleza e reacende a discussão sobre a inclusão de mães na competição, evidenciando a necessidade de uma reflexão mais ampla sobre a representatividade e diversidade nesses eventos.
Veja o pronunciamento na íntegra: