Bolsonaro chega ao Acre na quinta na condição de aniversariante do dia e de indiciado pela PF

Indiciamento do ex-presidente, do coronel Mauro Cid e outras 15 pessoas pela PF ocorreram por causa da fraudes no cartão de vacina contra o Covid-19

O ex-presidente Jair Bolsonaro chegará ao Acre na quinta-feira (21), na data de seu aniversário, para encontros políticos na capital, entre eles a solenidade de filiação ao PL do prefeito Tião Bocalom, na condição de indiciado. Ele foi indiciado nesta terça-feira (19), em Brasília, pela Polícia Federal (PF), ao lado de mais de 16 pessoas, entre ele seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, por fraudes no cartão de vacina.

Bolsonaro e os demais indiciados são acusados por associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público no inquérito que investiga a adulteração da carteira de vacinação contra Covid-19. Esse indiciamento significa que o processo será analisado pelo Ministério Público Federal (MPF), responsável por decidir se apresenta a denúncia à Justiça ou se arquiva o caso. A informação é do g1 e confirmada pelo site ContilNet.

Ex-presidente Jair Bolsonaro chega no Acre nesta quinta-feira (21)/Reprodução/Redes Sociais

Além de Bolsonaro e do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) também está na lista de indiciados pela PF. É a primeira vez que Cid e Bolsonaro são indiciados pelo caso das vacinas.

Em relação aos crimes, a corporação acusa Mauro Cid de uso indevido de documento falso. 

Confira os indiciados pela PF:

  • Jair Bolsonaro: inserção de dados falsos em sistema público e associação criminosa;
  • Mauro Cid: falsidade ideológica de documento público, inserção de dados falsos em sistema público, falsidade ideológica de documento público, uso de documento ideologicamente falso e associação criminosa;
  • Gabriela Santiago Ribeiro Cid: falsidade ideológica de documento público, inserção de dados falsos em sistema público, uso de documento ideologicamente falso, uso de documento falso em nome de suas filhas Isabela Ribeiro Cid e Giovana Ribeiro Cid;
  • Gutemberg Reis: associação criminosa;
  • Marcelo Costa Câmara: inserção de dados falsos em sistema público;
  • Luis Marcos dos Reis: falsidade ideológica de documento público e inserção de dados falsos em sistema público;
  • Farley Vinicius Alcantara: falsidade ideológica de documento público e inserção de dados falsos em sistema público;
  • Eduardo Crespo Alves: inserção de dados falsos em sistema público;
  • Paulo Sérgio da Costa Ferreira: inserção de dados falsos em sistema público;
  • Ailton Gonçalves Barros: inserção de dados falsos em sistema público, falsidade ideológica de documento público e associação criminosa;
  • Marcelo Fernandes Holanda: inserção de dados falsos em sistema público;
  • Camila Paulino Alves Soares: inserção de dados falsos em sistema público;
  • João Carlos de Sousa Brecha: inserção de dados falsos em sistema público e associação criminosa;
  • Max Guilherme Machado de Moura: inserção de dados falsos em sistema público, uso de documento falso e associação criminosa;
  • Sérgio Rocha Cordeiro: inserção de dados falsos em sistema público, uso de documento falso e associação criminosa;
  • Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva: associação criminosa;
  • Célia Serrano da Silva: associação criminosa.

A defesa de Bolsonaro reclamou, assim que as informações dos indiciamentos chegaram á imprensa. de “vazamentos seletivos”. Foi o que disse por meio do X (antigo Twitter), o advogado Fabio Wajngarten, que defende o ex-presidente. Ele reclamou que os “vazamentos continuam aos montes, ou melhor, aos litros”. “É lamentável quando a autoridade usa a imprensa para comunicar ato formal que logicamente deveria ter revestimento técnico e procedimental ao invés de midiático e parcial”, escreveu Wajngarten.

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