1º show da turnê de Anitta nos EUA é elogiado por revista americana

'Difícil acreditar que essa foi sua primeira vez, após testemunhar a estrela brasileira', escreveu a 'Variety'

O primeiro show da turnê internacional de Anitta nos Estados Unidos, The Baile Funk Experience, recebeu elogios da revista americana “Variety”. A cantora fez apresentação esgotada na casa história Wiltern, em Los Angeles, nesta terça-feira (21).

“Anitta nunca havia sido a atração principal de seu próprio show nos Estados Unidos antes”, abre a resenha publicada pelo site da revista. “No entanto, era difícil acreditar que era a primeira vez depois de testemunhar a estrela brasileira percorrer um setlist notavelmente compacto de quase 30 músicas.”

Apesar de reclamar do sistema de som do local, a publicação elogiou a performance de Anitta, e disse que ela fez o público “formado por fãs que falantes de português e espanhol” abrirem círculos para dançar na plateia.

Foto: Chris Pizzello/AP

“Da simplicidade do design do palco às complexidades de seus passos coreografados, Anitta no fim satisfez sua visão de trazer as suadas festas funk das favelas do Brasil para um palco global.”

Lugares historicos

Anitta trabalha para firmar seu nome no mercado internacional desde 2016.Com a The Baile Funk Experience Tour, ela dá um dos passos mais decisivos de sua trajetória.

Com os álbuns “Kisses” (2019) e “Versions of Me” (2022), ela chegou a se apresentar fora do Brasil e em programas de TV dos Estados Unidos, da América Latina e da Europa.

Também participou de premiações internacionais e, em janeiro de 2022, fez uma bem-sucedida performance no Coachella, maior festival de música pop do mundo, que acontece na Califórnia (EUA).

Mas essa será a primeira vez que a brasileira embarcará em uma ampla e estruturada turnê mundial, com passagens por três continentes.

Grande parte das casas de show escolhidas por Anitta tem alguma relação com a produtora de eventos Live Nation e capacidade para entre 2 mil e 5 mil pessoas.

A empresa costuma investir em lugares dedicados a outras atividades (cinemas, ginásios esportivos, cassinos), para transformá-los em casas de show. Esse é o caso dos palcos de Toronto e Chicago (EUA), por exemplo.

Entre os lugares que vão receber a The Baile Funk Experience, um dos mais prestigiados é o Brooklyn Paramount, na descolada região de Downtown Brooklyn, em Nova York (EUA).

Quando abriu suas portas em 1928, ele era conhecido como “o primeiro cinema da América construído pensando no som”. A programação era dominada por filmes sobre música.

Nos anos 30, o espaço passou a apresentar big bands de jazz e artistas como Ella Fitzgerald, Miles Davis e Duke Ellington. Nos anos 50, o Brooklyn Paramount foi importante com shows na era de consolidação do rock n’ roll, com performances de Ray Charles, Chuck Berry e Buddy Holly.

Depois dessas duas eras, o lugar passou a ser um ginásio esportivo, mas reabriu em março de 2024, como uma casa da Live Nation para 2 mil fãs.

Liam Gallagher NOFX, Sting, Belle & Sebastian, Black Pumas e Sean Paul tocaram ou vão tocar no espaço. Anitta tem a mesma expectativa de público de atrações como Norah Jones e St. Vincent, cantoras que marcaram dois shows seguidos por lá.

Em Miami (EUA), Anitta vai se apresentar no Fillmore, uma versão na Flórida do que o Brooklyn Paramount representa para Nova York.

O espaço para 2.700 pessoas surgiu como um cinema nos anos 50 e virou palco dos maiores nomes do rock nas décadas seguintes: Velvet Underground, Pink Floyd, Grateful Dead, Jimi Hendrix, Frank Zappa, Cream, The Who e The Doors tocaram lá. Hoje, é uma casa da Live Nation com line-up variado.

Em Orlando (EUA), a brasileira vai encontrar um espaço menos histórico com programação dividida entre shows de stand-up comedy, rock clássico e pop latino.

Em Boston, o público deve ser um pouco maior do que a média da tour. O MGM Music Hall, operado pela Live Nation, recebe até 5 mil fãs.

Roberto Carlos tem show marcado por lá no final de junho. Além do rei, artistas relevantes da nova safra da música pop marcaram shows no lugar: Tate McRae, The Kid Laroi e Madison Beer, por exemplo.

Na América do Sul, a maioria dos lugares tem programação dominada por artistas um pouco mais alternativos. É o caso do Basel, em Santiago, no Chile, onde nomes do eletrônico como Disclosure e Flume já tocaram para cerca de 3.500 pessoas.

O Teatro Vorterix, de Buenos Aires, tem capacidade para 1.500 pessoas e shows de cantoras indies como Raye e Sigrid. No ano passado, Armandinho se apresentou lá.

O histórico teatro Metropol, em Berlim, foi construído em 1905 e deve ser um dos pontos altos da parte europeia da turnê. Após se dedicar à música clássica, o espaço alemão adotou o rock com shows de nomes como Depeche Mode, The Jesus and Mary Chain, Red Hot Chili Peppers, Pixies e Sonic Youth nos anos 80.

O holandês Melkweg também foi importante para a história do rock. Em 1980, por exemplo, o U2 fez por lá seu primeiro show fora do Reino Unido ou da Irlanda.

Uma curiosidade da programação do O2 Kentish Town Forum, em Londres, é que a banda brasileira Cansei de Ser Sexy vai se apresentar um dia antes de Anitta.

O local faz parte de um conjunto de espaços de médio porte da produtora Academy Music Group, parceira da Live Nation, com 20 casas no Reino Unido.

Além de espaços de médio porte na Itália e França, Anitta fará dois shows na Pacha, boate da ilha espanhola de Ibiza. A casa voltada para a música eletrônica é conhecida por abrir filiais pelo mundo e já teve um espaço em São Paulo.

Também na Espanha, ela vai se apresentar em Barcelona (Razzmatazz) e Madrid (Sala La Riviera), clubes com shows, mas também conhecidos pelas baladas.

Veja as próximas datas da turnê internacional The Baile Funk Experience, de Anitta:

  • 23/5 – Miami – Fillmore (capacidade para 2.700 pessoas)
  • 26/5 – Orlando – Hard Rock Live (capacidade para 3 mil pessoas)
  • 28/5 – Boston – MGM Music Hall no Fenway (capacidade para 5 mil pessoas)
  • 29/5 – Toronto – History (capacidade para 2.500 pessoas)
  • 1/6 – Chicago – Byline Bank Aragon Ballroom (capacidade para 4.800)
  • 2/6 – Nova York – Brooklyn Paramount (capacidade para 2 mil pessoas)
  • 3/6 – Nova York – Brooklyn Paramount (capacidade para 2 mil pessoas)
  • 7/6 – Bogotá – Lourdes Music Hall (capacidade para 2 mil pessoas)
  • 9/6 – Lima – CCB (capacidade para 1.500 pessoas)
  • 14/6 – Santiago – Basel (capacidade para 3.500 pessoas)
  • 16/6 – Buenos Aires – Vorterix (capacidade para 1.500 pessoas)
  • 25/6 – Berlim – Metropol (capacidade para 1.500 pessoas)
  • 26/6 – Amsterdã – Melkweg (capacidade para 1.500 pessoas)
  • 28/6 – Londres – O2 Kentish Town Forum (capacidade para 2.300 pessoas)
  • 29/6 – Paris – Elysee Montmartre (capacidade para 1.380 pessoas)
  • 1/7 – Ibiza – Pacha (capacidade para 3 mil pessoas)
  • 3/7 – Madri – Sala La Riviera (capacidade para 2.500 pessoas)
  • 4/7 – Barcelona – Razzmatazz (capacidade para 2 mil pessoas)
  • 7/7 – Milão – Fabrique (capacidade para 3.100 pessoas)
  • 8/7 – Ibiza – Pacha (capacidade para 3 mil pessoas)
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