Blogueira tem contas bloqueadas após dever universidade e ‘esbanjar vida de luxo’, diz Estadão

Em caráter de urgência, Nathalia entrou com recurso ao Tribunal de Justiça, alegando impenhorabilidade de valores de até 40 salários mínimos

O desembargador Roberto Barros, do Tribunal de Justiça do Acre, decidiu bloquear as contas da blogueira Nathalia Mello, após uma ação movida por um Centro Universitário de Rio Branco. Os detalhes foram divulgados em uma matéria do Estadão, publicada nesta quinta-feira (17).

Nathália é blogueira no Acre/Foto: Redes Sociais

Nathalia teve os valores de sua conta bancária retidos por “ostentar vida de luxo nas redes sociais” enquanto deve a universidade. A penhora foi de R$9.164,18, decretada pelo Juízo da 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco.

Em caráter de urgência, Nathalia entrou com recurso ao Tribunal de Justiça, alegando impenhorabilidade de valores de até 40 salários mínimos. Contudo, o desembargador Roberto Barros manteve a decisão da juíza Kamylla Acioli Lins e Silva.

Segundo o Estadão, os valores caíram na malha do SisbaJud, sistema que interliga a Justiça ao Banco Central.

Como pontuado pela juíza, “percebe-se abuso da devedora ao poupar valores e realizar viagens e passeios sofisticados como os mostrados pelo credor através da exposição da própria devedora em suas redes sociais, enquanto mantém-se inadimplente em relação ao débito contraído”.

Na defesa, Nathalia alegou que ela está desempregada e é sustentada pela mãe, que a leva em viagens quando pode. Ela ainda afirmou que mantém os trabalhos como blogueira sem receber em dinheiro, e sim em produtos alimentícios. Por outro lado, a universidade afirmou que os argumentos da blogueira não condizem com a realidade esbanjada por ela nas redes sociais.

Em relação ao dinheiro bloqueado, a blogueira afirmou que o valor é referente à indenização do último emprego, acautelado em uma conta no Banco do Brasil. O desembargador retrucou e afirmou que Nathalia não comprovou a origem dos valores bloqueados. Ela ainda pode recorrer da decisão.

A versão da blogueira

O ContilNet tentou contato com a advogada Dara Mello, que representa a blogueira. Porém, até o momento, não obteve retorno. O espaço segue aberto.

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