O lipedema é uma condição crônica caracterizada pelo acúmulo desproporcional de gordura, geralmente nas pernas e braços, acompanhado de dor, inchaço e sensibilidade. Apesar de afetar muitas mulheres, ainda é pouco conhecido e muitas vezes confundido com obesidade ou linfedema.
Recentemente, as modelos e atrizes Bárbara Reis e Yasmin Brunet compartilharam publicamente o diagnóstico de lipedema e os impactos positivos que uma alimentação equilibrada trouxe para seus sintomas. Mas será que existe uma dieta específica e única para essa condição?
Lipedema/Foto: Divulgação
Até o momento, não há consenso na literatura científica sobre um único protocolo alimentar para tratar o lipedema. No entanto, a ciência aponta que uma alimentação saudável, baseada em alimentos in natura e minimamente processados pode ajudar a reduzir a inflamação e os sintomas da doença.
A base de uma alimentação voltada para o lipedema deve priorizar:
Alimentos antioxidantes e anti-inflamatórios
Redução de ultraprocessados e açúcares refinados (o bom e velho descascar mais e desembalar menos)
Hidratação adequada
Alimentos e nutrientes que podem ajudar:
Ômega-3 (peixes, chia, linhaça, nozes) – Possui ação anti-inflamatória e pode ajudar na melhora da dor e do inchaço.
Polifenóis (frutas vermelhas, uva, chá-verde, açaí, jabuticaba, cacau) – Compostos antioxidantes que reduzem o estresse oxidativo.
Cúrcuma e gengibre – Temperos com propriedades anti-inflamatórias naturais.
Fibras (vegetais, frutas, feijões) – Melhoram o trânsito intestinal e reduzem processos inflamatórios sistêmicos.
Proteínas com menos gordura (ovos, peixes, tofu, frango) – Fundamentais para manter a massa muscular e evitar perda de mobilidade.
Tanto Bárbara Reis quanto Yasmin Brunet relataram melhora na qualidade de vida após ajustes na alimentação. No entanto, é fundamental destacar que o lipedema não tem cura, mas pode ser gerenciado com uma abordagem multidisciplinar, que inclua um nutricionista, fisioterapeuta e médico vascular.
Cada caso deve ser analisado individualmente, considerando as necessidades e sintomas da paciente. Por isso, antes de iniciar qualquer mudança alimentar, o ideal é buscar orientação profissional.
