As polícias Militar e Civil prenderam cerca de dez pessoas neste sábado (1) no município de Epitaciolândia. De acordo com informações do site O Alto Acre, elas confessaram ter tentado matar um menor na última sexta-feira (29). Após longas horas de tortura, o menor se fingiu de morto para escapar da morte.
Ele foi amordaçado, encapuzado, amarrado e jogado em um igarapé. Horas depois conseguiu chegar a uma casa, de onde acionaram o Corpo de Bombeiros, que o levou até um hospital.
Além da macabra história do menor, o que chama a atenção é o fato da polícia ter prendido os acusados, que portavam munição de um fuzil 7.62, além de drogas, e ter liberado todos eles sob a desculpa de que não tinha delegado na cidade.
“Na operação, foram detidas pessoas que já têm passagens pela Justiça do Acre e que confessaram a participação direta, além de munições para fuzil calibre 7.62, possivelmente parte das que foram roubadas no quartel boliviano de Porvenir em junho passado”, afirma um trecho da reportagem.
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O delegado Karlesso Nespoli, que responde pelos municípios de Assis Brasil, Brasiléia e Epitaciolândia, entrou em contato com o jornal oaltoacre e disse que, mesmo que estivessem em flagrante, não seria o caso da prisão dos suspeitos detidos horas depois da tentativa de homicídio.
Um vereador do município de Epitaciolândia que pediu para ter a identidade preservada, perguntou: “Só o fato dos acusados terem sido flagrados com munição de uma arma tão poderosa, e com drogas, não teriam que estar atrás das grades?”.
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