Quem trabalha fora de casa tem o triplo de chance de se infectar por Covid-19, diz pesquisa

A nova fase do inquérito sorológico, realizado pela Prefeitura de São Paulo, mostra que quem trabalha fora de casa tem o triplo de chance de se infectar por Covid-19 do que quem está em casa. A pesquisa aponta que 1,3 milhão de pessoas já foram contaminadas pelo novo coronavírus na capital paulista até o dia 6 de agosto.

A prevalência da doença entre quem está realizando home office é de 6,2%. Já em quem trabalha fora de casa é de 18,5%. Entre os desempregados, a prevalência é o dobro de quem trabalha em casa, é de 12,7%.

“O que isso revela é que provavelmente quem trabalha fora se expõe e quem é desempregado sai em busca de trabalho”, disse a secretária adjunta de saúde, Edjane Torreão. O secretário Edson Aparecido está com suspeita de Covid-19, aguardando resultado do teste.

Nesta nova fase, a prevalência da doença na cidade, que era de 11,1% na última pesquisa, caiu para 10,9%, o que para o prefeito Bruno Covas representa estabilidade.

“Apesar de dois meses de reabertura e flexibilização de atividade econômica a gente mantém os mesmos índices de prevalência na cidade de São Paulo”, afirmou o prefeito.

Pesquisa mostra todas as fases do inquérito sorológico na cidade de SP — Foto: Reprodução Prefeitura SP

Pesquisa mostra todas as fases do inquérito sorológico na cidade de SP — Foto: Reprodução Prefeitura SP

 

Perfil

De acordo com a pesquisa, há prevalência da presença do vírus entre os jovens. “A consolidação a partir dessas fases todas já realizadas a maior prevalência é na faixa etária entre 18 e 34 anos, queria ressaltar a importância da conscientização dos nossos jovens. Volta e meia a gente ainda identifica pancadões, festas irregulares. Aqui tem também principal faixa etária que tem que sair pra trabalhar, mas tem a responsabilidade dos jovens para com nossos idosos”, disse o prefeito.

A pesquisa mostra ainda que a maior prevalência está pretos e pardos e pessoas com baixa escolaridade. O índice de pessoas assintomática continua na faixa de 40%.

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