Independência chega a 79 anos de fundação sem ter o que comemorar

Um dos mais tradicionais do esporte local, o Independência Futebol Clube, que utiliza as mesmas cores e símbolos do Fluminense do Rio de Janeiro, está completando 79 anos de fundação nesta segunda- feira (02). No entanto, não há o que comemorar, diz o presidente do clube, José Eugênio Leão Braga, o Macapá, no cargo há 38 anos.

Macapá diz que a diretoria do clube se resume a ele somente.” Eramos um grupo de 20 pessoas na diretoria, entre torcedores e dirigentes. O clube era chamado de o time dos milionários do Acre”, lembra o dirigente. “Mas, com o passar do tempo, o grupo foi encolhendo porque a maioria faleceu e outros simplesmente abandonaram o clube”, acrescentou.

No momento, além de “Macapá, o clube tem apenas mais quatro mantenedores. O clube, entretanto, tem um patrimônio considerável, como uma de terra onde um dia houve uma sede e campo de treinamento, localizada no bairro do Aviário, em Rio Branco.

Um das causas para tamanha decadência, de acordo com o dirigente, foi a transformação do futebol acreano da condição de amador para profissional. Com isso, os jogadores do time passaram a ser empregados do clube, como qualquer outro profissional regido pela Consolidação das Leis do Trabalho ( CLT), com direito a salários e outros benefícios.

Com esta condição, o clube não pode mais contratar atletas e a aida foi a extinção do departamento de futebol. “O clube não faturava nem o suficiente para custear a lavanderias de seu uniforme após as partidas. A profissionalização foi nossa ruína”, admite Macapá. “Eu fui contra e manifestei isso em voto na Federação de Futebol em 1989”, acrescentou.

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