Praticamente 24 horas após colocar o seu nome à disposição de um partido político para pré-candidatura ao Senado, o ex-vereador Rodrigo Pinto, se envolveu em uma polêmica que movimentou as redes sociais acreanas.
Um áudio repassado em grupos de WhatsApp traz o que seria o ex-vereador ameaçando um homem que estaria tentando se aproveitar de uma situação envolvendo seu nome: “Não mudou nada, é o mesmo vagabundo. Vamos fazer o seguinte, meu irmão… Não tenho mais conversa contigo não. Tu se esconde, tô indo aí no Acre para, além de ser candidato, dar um tiro na tua cabeça”, revela um trecho do áudio.
Ex-vereador Rodrigo Pinto e Hedislandes Gadelha teriam trocado farpas no WhatsApp /Foto: Reprodução
O homem envolvido na polêmica seria o servidor público Hedislandes Gadelha, a quem Pinto teria aconselhado a enviar a ameaça a todos os delegados do Estado.
“Tô te mandando o áudio para que envie a todos os delegados, tá bom? Porque tu merece um tiro na cabeça, mas antes disso eu vou quebrar todos os ossos do teu corpo, um por um”.
Áudio da ameaça supostamente enviada por Rodrigo a Hedislandes (contém palavras de baixo calão)
Hedislandes disse à ContilNet que ligou para Rodrigo Pinto após ele ter se lançado pré-candidato ao senado: “Gravei toda conversa que ocorreu em clima tranquilo e numa boa, ontem pela manhã ele pega e me envia esse áudio dizendo que vai me matar”, relatou.
Para o servidor público, Rodrigo deve ter tido um surto psicótico após declarações dadas a ele (na conversa gravada) terem vazado no meio político. Hedislandes afirma que o ex-vereador ataca pessoas influentes dentro do PMDB e revela detalhes de sua nomeação no governo.
O OUTRO LADO:
A reportagem conseguiu falar com o ex-vereador Rodrigo Pinto na manhã deste sábado (4). Ele afirma que Hedislandes utiliza as redes sociais para atacar, denegrir e ofender a honra de outras pessoas em troca de dinheiro. Pinto diz que o servidor público utilizou tal manobra contra o atual governo até começar a receber quantias em dinheiro, iniciando assim um processo de ataques a representantes de oposição no Estado.
“Deixei claro para ele que não sou moleque. Ele precisa respeitar o meu nome, honrar o nome da minha família e a minha história. Obviamente não vou praticar aquilo que eu disse, mas até então ele não tem nem coragem de ir até a delegacia, porque se ele for vai ser preso pelos inúmeros processos que tem. Até pedófilo esse cidadão é”, acusou Rodrigo.
O ex-parlamentar afirma que os seus amigos da Polícia Federal e do serviço de inteligência do BOPE do Rio de Janeiro estão levantando um dossiê contra Hedislandes. “Jornalista, esse cara [Hedislandes] é bandido e bandido bom é bom na cadeia”, concluiu.
Ouça áudio enviado à redação da ContilNet por Rodrigo Pinto (conteúdo tem palavras de baixo calão)
