Motoristas de transportes pesados protestaram no centro de Rio Branco na manhã desta terça-feira (5) e paralisaram o trânsito na Avenida Getúlio Vargas, no centro de Rio Branco, com caminhos estacionados. Os manifestantes são contra a resolução da Lei 30103, elaborada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que obriga os sindicalistas a fazerem exame toxicológico, na renovação da carteira de habilitação tipo “D”.
Quando a presidente Dilma Rousseff (PT) sancionou a lei a obrigatoriedade se fazia nos casos de admissão ou demissão, mas, com a nova resolução feita pelo Contran, os motoristas passaram a ter que fazer o exame em caso de renovação do documento.
De acordo com os trabalhadores, o exame não é disponibilizado no Acre e o seu custo é por volta de R$ 800 fora do estado, além dos gastos com passagens e hospedagem.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros e Máquinas Pesadas do Estado do Acre (Sintraba), Júlio Farias, a proposta é “absurda”, pois os trabalhadores não possuem dinheiro o suficiente para fazer a averiguação e estão sendo constrangidos, visto que, cerca de 100 carteiras de motoristas estão apreendidas no Departamento de Trânsito do Acre (Detran), por falta do exame.
“Estão tirando de nós o direito de trabalhar, de sustentar a nossa família. Essa situação mostra como são tratados os trabalhadores no Acre e em todo o Brasil”, afirmou Farias.