Servidores do município de Acrelândia, distante 110 km de Rio Banco, deliberaram sobre greve por tempo indeterminado a partir da manhã desta quarta-feira (8).
Diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado (Sintesac) foram ao município dá suporte necessário ao movimento dos trabalhadores.
Todas as tentativas de negociação com o prefeito Jonas Dales da Costa Silva foram em vão. Entre os dias 10 e 11 do mês passado, diretores do Sintesac promoveram duas reuniões com o prefeito e equipe econômica do município.
De acordo com o sindicalista Jean Marcos Lunier, os trabalhadores da saúde estão com uma longa lista de reivindicações. “Cada uma das reivindicações foi exaustivamente discutida e analisada, antes de ser entregue ao prefeito. Não existe nenhuma reivindicação que não esteja dentro da legalidade”, destacou.
Como já vem ocorrendo nas negociações salariais dos demais municípios, o prefeito Jonas Dales também vem alegando a Lei e Responsabilidade Fiscal para não conceder reajuste. No entanto, existe na lista de negociações outros benefícios que não trazem implicação financeira, mas mesmo assim ele se nega a negociar.
Ao final do ciclo de reuniões ficou deliberado que, em um prazo de sete dias, o prefeito deve se manifestar. Caso as reivindicações não sejam atendidas, está agendada para o dia 23 uma assembleia geral que deverá deliberar ou não por uma greve geral por tempo indeterminado. Hoje a greve foi decretada.
No final da manhã, foi agendada uma nova reunião com o prefeito e sua equipe para o dia 23. Espera-se que as partes cheguem a um acordo e a greve chegue ao fim.
Na lista entregue ao Protocolo da Prefeitura constam as seguintes reivindicações:
-Reajuste salarial no total de 36%, a todos os trabalhadores em saúde.
– Aplicação de insalubridade a ser estabelecida por perito técnico a todos os trabalhadores que colocam a saúde em risco.
– Gratificação de coordenação do Programa de Saúde da Família aos enfermeiros.
– Gratificação à promoção à saúde a todos os profissionais em saúde do município.
– Garantia que todos os servidores públicos municipais não poderão receber proventos inferior ao salário mínimo nacional vigente.
– Garantia de pagamento dos servidores até o 5º dia útil do mês subsequente ao trabalhado.
– Garantia de regular recolhimento e pagamento das verbas previdenciárias.
– Reformulação do PCCS quanto à progressão automática de letra a cada 24 meses, que atualmente é de 36 meses.
– Garantia de fornecimento regular dos EPIs aos agentes comunitários de saúde.
– Garantia de fornecimento de materiais de consumo diário para regular atividade social dos agentes comunitários.
– Garantia de auxílio de locomoção para os agentes comunitários que trabalham na zona rural.
– Garantia de promoção por titulação das formações correlatas.
-Garantia de auxílio-alimentação previsto no PCCR.
– Garantia de data-base no mês de maio de cada ano. (Assessoria)