24 de abril de 2024

Aécio Neves parece disposto a sepultar o PSDB, como um aviso de que não descerá à cova sozinho

Inferno astral 
O PSDB vive sua pior fase pós-FHC. O retorno do senador Aécio Neves (MG) ao comando da sigla, com o consequente afastamento do também senador Tasso Jeireissati (CE) da presidência, gerou uma série de reportagens e artigos que tendem a expor a fragilidade dos tucanos – e bem às vésperas das eleições presidenciais.

No olho do furacão
Ante o crescimento do grupo de parlamentares tucanos que pregam o rompimento imediato com o governo, Michel Temer tratou de persuadir Aécio a promover a lambança. Rejeitado por parte dos correligionários, o senador mineiro dessa vez conseguiu evocar a ira geral.

Pronunciamento
Integrante do grupo que prega o rompimento com Temer, o deputado federal acreano Major Rocha pediu, em discurso na Câmara, a cabeça de Aécio. E uma das razões para o procedimento certamente se origina da mágoa que ele continua a alimentar contra o mineiro, a quem acusa de tentar destituí-lo da presidência regional do partido.

Sintoma
Se o PSDB nacional amarga um novo escândalo e continua a colher tempestades, no Acre o partido encolheu. A despeito desses reveses, Rocha age como se não enxergasse o risco de fracassar em sua tentativa de reeleição. Afinal, a cegueira é um dos sintomas decorrentes da picada da mosca azul.

Trágico
Não obstante o temporal sobre o telhado do PSDB, membros do partido acreditam poder protagonizar no Acre uma ‘candidatura alternativa’ ao governo do Estado. Seria cômico, não fosse o tamanho da tragédia tucana.

Marina sai da toca
A ex-senadora Marina Silva (Rede Sustentabilidade), que na última década trocou de partido com a rapidez com que os símios pulam de um galho a outro, resolveu aparecer após longo período de silêncio.

Sopapos à esquerda à direita
Em entrevista ao UOL, Marina disse que Lula e Bolsonaro são “cabos eleitorais um do outro”. E criticou a cisão que a arenga entre ambos significa para o país, restringindo-se o debate a um “projeto de poder”.

Metáforas e trocadilhos
Hábil na construção de metáforas e trocadilhos, a ex-senadora afirmou que o Brasil, sob os governos de Lula e Dilma, “Foi do fundo do poço para o poço sem fundo”. Evangélica, citou passagem da Bíblia ao falar sobre a escassez de recursos do seu partido, na hipótese de voltar a disputar a Presidência da República: “Se Davi tivesse olhado para sua funda nunca teria enfrentado o gigante”, pontuou.

Outra pessoa
Ao reconhecer a pilhagem feita pelos antigos companheiros na Petrobras, fundos de pensão, Banco do Brasil, Belo Monte e até mesmo na venda de medidas provisórias, a ex-senadora nem parecia a mesma pessoa que, durante o processo de impeachment, tratou de se “exilar” em outro país – evitando, assim, opinar sobre o assunto.

Sem herança
O drama da acreana Marina Silva, nascida no Seringal Bagaço e hoje moradora de um dos bairros mais ricos de São Paulo, é que ela desejou, com a desgraça que se abateu sobre o PT, tornar-se herdeira do espólio político da esquerda. Não contava com a volta de Lula e nem vislumbrou o crescimento de uma parcela mais conservadora do eleitorado.

Lamentação
Ao criticar o embate entre Lula e Bolsonaro, Marina parece lamentar não ter um adversário ruralista e ‘antiecológico’ com quem altercar e crescer nas pesquisas.

Perde-se, às vezes
Apesar disso, Marina, claro, é uma vencedora. Sua biografia comprova esse fato. O que não significa que seja capaz de ganhar sempre.

Conselho grátis
Convém que o governador Tião Viana se mantenha longe do palanque do futuro candidato Marcus Alexandre. Com tamanha desaprovação popular à sua figura e gestão, ele é capaz de tirar votos do correligionário.

Nova geração
Na nova geração de militantes e articuladores políticos que surge no Acre, pode-se destacar Emerson Freitas, mais conhecido como Dudu. Leitor sagaz do cenário político atual, e sempre empenhado em suas funções, ele tem dado relevante contribuição a parlamentares e ao prefeito Marcus Alexandre, de quem é assessor.

Prestígio
Além do trabalho com o prefeito da capital, Dudu goza da confiança do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ney Amorim (PT), a quem tem demonstrado irrestrita lealdade.

Jardim bizarro
De tanto vermos frutificar o cinismo e a desfaçatez no pomar da politicagem, já nem nos espantamos com o brotar das bizarrices botânicas. É o que se pode dizer da aliança, em pelo menos oito estados, entre PT e PMDB.

Mulher de malandro
Tal qual mulher de malandro, a ‘paixão’ dos peemedebistas pelos companheiros parece aumentar na proporção das sovas que eles vão recebendo. Mas como já disse alguém, o PMDB não é bem um partido – mas uma federação de grupos unidos em torno de interesses distintos.

O lombo é o nosso
Assim sendo, o mais repugnante é ver que os petistas não se constrangem em se unir àqueles que acusam de ‘golpistas’. No final das contas, independentemente de onde partem os golpes, o cidadão comum é quem lhes empresta o lombo.

O crime compensa!
O petista José Dirceu, condenado em segunda instância a 30 anos, nove meses e dez dias de cadeia por corrupção passiva, ligação com organização criminosa e lavagem de dinheiro, vai receber aposentadoria da Câmara dos Deputados. O valor foi arbitrado em R$ 9.646,57 – quantia baseada nos dezanos de mandato do parlamentar.

Legislação estapafúrdia
Mas a pensão de Dirceu poderá aumentar para R$ 17 mil, a prevalecer o entendimento de alguns consultores da área de seguridade da Casa, que incluem no cálculo o período de sua anistia, ainda que esta anteceda seu ingresso no parlamento federal. Enquanto isso, o nosso salário, ó…

Só de boa
Por estas bandas, a aberração fica por conta da pensão vitalícia paga aos ex-governadores – entre os quais o senador Jorge Viana (PT), que dia desses, interpelado sobre o tema por um repórter, se limitou a dizer que continuará embolsando os R$ 33 mil mensais enquanto o pagamento estiver “dentro da lei”.

A prevalência do menor
Ocorre que o Supremo Tribunal Federal (STF) já deu parecer sobre a pensão paga a ex-governadores, considerando-a inconstitucional. Para Jorge Viana, porém, vale a Constituição do Estado, na qual, em seu governo, os deputados trataram de enfiar a excrescência.

O mundo é dos espertos
Não obstante isso, o parlamentar petista, até dia desses, era um dos que vociferavam da tribuna do Senado contra a reforma da Previdência, por aumentar o tempo de contribuição como critério de acesso ao benefício. Resta concluir que neste mundo a esperteza reina graças à abundância de estupidez.

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