O Sistema de Zona Azul Digital da cidade de Rio Branco é composto por vagas de estacionamento regulamentadas e pagas, localizadas nas vias e logradouros públicos, disponíveis para os usuários mediante ativação de tíquetes digitais por meio de aplicativo para smartphones e Pontos de Vendas credenciados no comércio local.
O trecho acima é a apresentação do aplicativo que descreve o funcionamento do sistema de estacionamento rotativo instalado na capital acreana em 2014. Desde então, o sistema tem dividido opiniões entre aqueles que entendem a utilização democráticas das vagas de estacionamento nas grandes ruas da cidade e aqueles que expressam revolta devido a rigidez na aplicação de multas por parte dos fiscais.
E ENTÃO?
A reportagem da ContilNet, foi ao centro de Rio Branco questionar os condutores a respeito da Zona Azul e tentar responder a pergunta que não quer calar. Afinal, a Zona Azul é boa ou ruim?
Zona Azul está disponível em Rio Branco desde 2014/Foto: reprodução
A professora Malena Camargo, de 34 anos, afirmou ser muito difícil ter uma opinião a respeito do sistema sem parecer egoísta, porém ressaltou que é necessário uma facilitação nas forma de pagamento em dinheiro e um pouco mais de bom senso aos fiscais da Sertel (empresa responsável pelo estacionamento rotativo).
“Eu entendo que é uma maneira que a prefeitura encontrou para não deixar que as vagas no centro não fossem monopolizadas, facilitando a vida de quem precisa estar por aqui, mas poxa vida, hoje em dia não é todo mundo que anda com moeda por aí ou encontra o fiscal para trocar teu dinheiro. E aí faz o que? Volta para casa?”, pontuou.
A Sertel fornece aos condutores acreanos um meio mais fácil para evitar ser multado. Os motoristas podem baixar o aplicativo da Zona Azul em seus smartphones, cadastrar seus veículos e colocar créditos para utilizar quando for necessário.
O mecânico Claudemir Castro, de 47 anos, que caminhava em direção a um terminal da Zona Azul para regularizar a situação de seu veículo estacionado próximo a Catedral, não parecia muito satisfeito com a rigidez da fiscalização dos agentes da Sertel
“Moço, o problema aqui não é nem o preço não. Dá pra pagar um bocadinho pra estacionar mais perto aqui e andar menos, o problema é que se você ultrapassa o limite de tempo em 1 ou 2 minutos, por mais que já esteja correndo no rumo do carro, elas não perdoam, é multa e tchau”, reclamou.
Nem tudo é negatividade quando o assunto é o estacionamento rotativo. A bacharel em Direito, Simone Ramos, de 25 anos, disse que após a chegada da Zona Azul, finalmente é possível sair de casa e ir ao Centro com esperanças de estacionar.
“Antigamente, dependendo do horário, era melhor nem vi ao centro. Todo mundo que trabalha na Assembleia, nas lojas aqui perto, no tribunal aqui, todo mundo parava pelo Centro e tomavam todas as vagas. Tinha que ficar rodando e rodando aqui, até um abençoado resolver sair e você poder estacionar. Agora é mais fácil, você vem, planeja quanto tempo precisa para fazer o que veio fazer, paga e vai embora, simples asssim”, disse.
