Com a limitação do Foro Privilegiado aprovado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na quinta-feira (3), o senador acreano Jorge Viana (PT), pode estar muito encrencado e, com base na Lei da Ficha Limpa, pode ficar de fora nas eleições 2018 onde pretende garantir a sua reeleição.
Jorge, foi citado em delação premiada pelo executivo Marcelo Odebrecht, o empresario disse que o petista teria pedido ao empresário a quantia de R$ 2 milhões para a campanha do seu irmão Tião Viana, que na época, concorria à reeleição para governador do Acre, caracterizando uso de Caixa 2.
Na delação, Marcelo explicou que a empreiteira da família dele doou R$ 500 mil de forma oficial e outros R$ 1,5 milhão em caixa dois reafirmando que o pedido foi feito diretamente por Jorge Viana (PT).
Além disso, Jorge Viana teria recebido propina para sua campanha ao senado. O ex-chefe do setor de Operações Estruturadas, considerado o departamento da propina da Odebrecht, Hilberto Mascarenhas, confirmou ter feito pagamento de R$ 300 mil à Jorge. O encontro para combinar o pagamento teria ocorrido no estado de São Paulo.
O pedido da doação a Jorge Viana foi feito pelo patriarca Emílio Odebrecht, segundo Mascarenhas. O codinome do senador nas planilhas da empreiteira era “menino da floresta”.
Mascarenhas diz não se lembrar do pagamento de R$ 2 milhões a Jorge Viana, há uma indicação do repasse ao codinome, no sistema da empresa, mas confirma que se o valor foi registrado é porque o pagamento “foi feito”.
Questionado pelos investigadores se o mesmo codinome poderia se referir ao governador do Acre, Tião Viana, Mascarenhas confirma: “É irmão dele né? Também é menino da floresta lá no mato”.