O ex-subcomandante do Corpo de Bombeiros do Acre, coronel Cleyton de Oliveira Almeida, preso em Porto Velho (RO) após quebra de medida protetiva contra a ex-companheira, tem feito uso do celular de dentro do quartel da Polícia Militar de Rondônia, onde está detido. A informação é da advogada da vítima.
Ele foi preso pela polícia no domingo (12), na Rodoviária da capital rondoniense, após quebrar medida protetiva que o proibia de se aproximar da ex-mulher, que já moveu cerca de 15 processos contra ele nos últimos três anos. As denúncias são de agressão física e psicológica.
Nas últimas horas, Cleyton aparecia online no Whatsapp e atendeu normalmente o celular. Em uma chamada telefônica com um site de notícias de Rio Branco, ele chegou a dizer que tem feito uso do celular por ter alvará de soltura a seu favor. A advogada da vítima nega que ele será solto.
A vítima reside em Porto Velho e conta que teve a casa invadida pelo militar do Acre nos últimos dias. Nesta segunda-feira (13), ela chegou a fazer exame de corpo de delito após seu último contato com o ex-companheiro.
O militar deve ser transferido para o Acre em breve e ficará aos cuidados da corporação local. No início de 2020, ele foi condenado a um ano e 20 dias de prisão por violência contra a mulher. Ele chegou a ser preso em 2018 pelo mesmo motivo.
Na época das primeiras denúncias, Cleyton informou que pediria desligamento do Corpo de Bombeiros, mas acabou não deixando a corporação e até o momento não sofreu punições no âmbito militar. Ele chegou a pilotar o helicóptero do estado, Comandante João Donato, hoje em desuso. Mais tarde, passou a exercer a função de ajudante-geral do Comando.