26 de abril de 2024

Vice de Witzel comanda primeira reunião logo após assumir como governador em exercício

Poucas horas após assumir o cargo de governador em exercício, em função do afastamento de Wilson Witzel, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o até então vice Cláudio Castro já comandou sua primeira reunião no novo cargo, no Palácio Guanabara, com secretários das pastas de Segurança.

No encontro, que contou com os secretários de Polícia Civil, Flávio Marcos Amaral de Brito, de Polícia Militar, coronel Rogério Figueredo, e de Administração Penitenciária, Alexandre Azevedo de Jesus, o secretário da Casa Civil, André Moura, o comandante-Geral do Corpo de Bombeiros, coronel Roberto Robadey, e o procurador do Estado, Reinaldo Frederico Afonso Silveira, Castro reforçou que manterá os secretários que estão à frente de cada uma das pastas. Ventila nos bastidores que ele — que tem se reunido com frequência com pessoas ligadas a família Bolsonaro — estaria pretendendo acabar com as secretarias de Polícia Civil e Militar e recriar a Secretaria de Segurança Pública, com o objetivo de “ter controle” das ações.

“O enfrentamento ao crime organizado, com planejamento e inteligência, é a principal diretriz da nossa política de segurança. Vamos continuar trabalhando ainda mais integrados para levar paz à população fluminense. Manteremos os comandos das secretarias, que estão fazendo trabalhos com resultados visíveis”, disse.

Em nenhum momento da reunião Witzel foi citado. Castro disse apenas que era a hora de “todos se manterem unidos”. O encontro, de acordo com quem esteve presente, durou pouco mais de uma hora, e serviu para colocar “os pontos nos is” em relação à Segurança Pública no estado. Um dia antes, o Rio viveu uma guerra pela disputa de facções pelo controle do tráfico de drogas no Morro do São Carlos, na região central do Rio. Na quinta-feira, uma mulher morreu, várias pessoas ficaram feridas e duas famílias foram feitas reféns por horas por criminosos que fugiam da comunidade. Castro, no entanto, também não citou o incidente, e disse que a política de segurança do Rio “é vitoriosa” e que “está dando certo”.

Também investigado

Apesar de já demonstrar-se à vontade no cargo, Castro, no entanto, também está na mira das investigações do MPF. Segundo a delação premiada do ex-secretário de Saúde Edmar Santos, o presidente da Alerj, André Ceciliano (PT) e Cláudio Castro montaram uma estratégia para desviar recursos da Alerj sob pretexto de financiar secretarias municipais de Saúde. Esses valores, entretanto, eram direcionados para os bolsos dos deputados estaduais, de acordo com a investigação.

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