26 de abril de 2024

Inglaterra e Itália adotam novo lockdown para controlar segunda onda da covid

A poucas horas do início de mais um lockdown na Inglaterra, londrinos ignoraram medidas de distanciamento social, a despeito do crescimento exponencial de casos da covid-19, e ocuparam pubs e restaurantes na capital britânica na noite desta quarta-feira. A partir da meia-noite de quinta-feira (5) em Londres, 21h no horário de Brasília, os ingleses deverão permanecer em casa.

No mesmo dia em que o Reino Unido registrou 492 mortes pelo novo coronavírus em 24 horas, o distrito boêmio do Soho estava lotado de pessoas aproveitando a última noite antes da adoção de mais uma medida restritiva pelo governo britânico.

A intenção do novo lockdown é achatar a curva epidemiológica que, com a segunda onda da doença, atinge recordes de casos diários no país e na Europa. O Reino Unido, que tem o maior número de óbitos no continente — 47 mil já morreram pela doença desde o início da pandemia —, já soma mais de 1,1 milhão de casos da covid-19.

Cientistas têm alertado que, se as autoridades não agirem, o país poderá chegar a 80 mil mortes, considerado o pior cenário epidemiológico. Ao longo da semana, estatísticas do OpenTable, serviço de reserva de restaurantes, indicaram um crescimento substancial na demanda por restaurantes de Londres na iminência do novo lockdown.

Forças policiais inglesas usaram redes sociais para orientar a população que ainda saiu às ruas nesta quarta-feira a cumprir medidas de isolamento social. O restante do país — Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte — tem suas próprias medidas restritivas.

Itália também adotará lockdown

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, anunciou nesta quarta-feira um novo pacote de medidas de prevenção contra a covid-19 que endurecem as restrições a nível nacional e dividem o país em três zonas, vermelha, laranja e amarela, de acordo com a intensidade da epidemia. As restrições incluem um lockdown parcial de sua região mais rica e populosa, a Lombardia, ao redor de Milão, capital financeira do país.

O zoneamento depende de uma série de fatores, incluindo taxas de infecção local e ocupação hospitalar, com restrições ajustadas de acordo com cada região. Nas zonas vermelhas, gravemente afetadas, as pessoas só poderão deixar suas casas para trabalhar, por motivos de saúde ou em razão de emergências, e bares, restaurantes e a maioria das lojas estarão fechadas.

As aulas do ensino médio e dos dois anos finais do ensino fundamental serão transferidas para o modelo remoto. No entanto, ao contrário do lockdown nacional aplicado na Itália durante a primavera, todas as fábricas permanecerão abertas.

— Nossa capacidade de terapia intensiva pode se esgotar em questão de semanas, temos que intervir — disse o primeiro-ministro Giuseppe Conte, em entrevista coletiva para explicar o conjunto de medidas que entram em vigor na sexta-feira. [Capa: Henry Nicholls/Reuters]

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