Mãe de crianças que morreram carbonizadas na Capital é solta em audiência de custódia

A mãe das crianças que morreram carbonizadas, Jociane Evangelista Monteiro, foi solta após uma audiência de custódia no Tribunal de Justiça do Acre, na tarde desde domingo (20). A decisão é do juiz Marcelo Coelho Carvalho.

Jociane foi presa em flagrante após a chegada da Polícia Militar na ocorrência do incêndio que vitimou os pequenos Diogo, Caio e Sofia. Ela foi presa por abandono de incapaz majorado, ou seja, quando o fato acontece contra descendente em concurso formal (três vítimas).

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A mulher foi colocar no camburão da caminhonete da guarnição do 1° Batalhão e levada às pressas para a Delegacia de Flagrante, pois havia risco de a população agir contra Jociane.

Na delegacia, Jociane preferiu ficar em silêncio quando foi interrogada pelo delegado Yvens Moreira, não mostrando nenhum reação, emoção ou até mesmo preocupação pelas crianças.

Na audiência de custódia, o juiz Marcelo Coelho justificou que devido o aumento de casos de Covid-19, cumpre proceder a análise do auto de prisão em flagrante à luz da recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A mulher, então, foi solta. Não há informações de onde ela esteja, pois a casa em que morava com os filhos foi totalmente destruída pelo fogo.

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Incêndio

No local do ocorrido, populares disseram à imprensa que a mãe das crianças havia deixado os filhos sozinhos para ir a um bar na região.

Segundo a polícia, um ventilador que fica no quarto onde estavam as crianças teria sofrido um curto-circuito e pegou fogo.

As chamas se espalharam pela casa e atingiu a cama em que estavam as crianças. Diogo e Caio, de 4 e 2 anos, respectivamente, ficaram embaixo da cama para se proteger. Já Sofia, de 8 meses, ficou deitada sobre o colchão.

As três crianças morreram carbonizadas. Os corpos de Diogo e Caio foram encontrados abraçados.

Vizinhos tentaram apagar as chamas, mas não conseguiram. O Corpo de Bombeiros esteve no local, mas já era tarde e nada pode ser feito.

Duas equipes Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tentaram socorrer as crianças, mas os médicos só puderam atestar óbitos às crianças. A equipe de socorristas chorou ao atestar os óbitos.

As crianças foram enterradas na tarde de domingo, no Cemitério Morada da Paz.

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