26 de abril de 2024

Bittar deixa de ser interlocutor do MDB junto ao governo e Flaviano assume: “Espero que se entendam”

As notícias de que o MDB poderia desembarcar do governo Gladson Cameli por exigências de mais espaços na administração e também por almejar espaço de vice na chapa de reeleição do governador em 2022, irritaram o senador Márcio Bittar, atualmente a liderança mais expressiva da sigla no Estado. “Não trato mais disso. Deixo que o governador Gladson Cameli e o deputado federal Flaviano Melo, que é o presidente regional do MDB e quem fala pela sigla, se entenderem, se ambos quiserem”, disse Bittar, em declarações exclusivas ao ContilNet, visivelmente irritado tanto com o Governo quanto com seu próprio Partido.

“Entrei nessa porque o MDB me pediu para ajudar nessas tratativas e o fiz por entender que o apoio do Partido ao Governo do Gladson era um processo natural”, disse o senador. “Mas, se ambos não entenderam assim, deixo que, pelo governo, resolvam o governador e o secretário Alysson Bestene, e pelo MDB que assuma o papel o Flaviano Melo. Caberá a mim, em princípio, seguir o que o partido decidir”, afirmou.

O princípio de crise é decorrente das informações, surgidas nas últimas horas, de que o MDB, que já tem duas secretarias na administração estadual, a de Pecuária e Agronegócio, e de Desenvolvimento Urbano, estaria ameaçando deixar a base do Governo de Gladson reclamando mais espaços na administração estadual. Na verdade, mesmo com as duas secretarias, o MDB nunca foi inteiro para o Governo. Enquanto o deputado federal Flaviano Melo, presidente regional do Partido, e o senador Márcio Bittar, as duas maiores lideranças da agremiação no Acre, diziam que estavam e eram Governo, na Assembleia Legislativa, os três deputados estaduais da sigla (Antônia Sales, Meire Serafim e Roberto Duarte) se colocavam contra o Governo ou falavam em independência.

O deputado Roberto Duarte, por exemplo, chegou a Rio Branco, depois de uma viagem ao Vale do Juruá, questionando a real necessidade da estrada de duplicação da estrada de acesso ao aeroporto de Cruzeiro do Sul, uma obra de mais de R$ 30 milhões e executada como resgate de promessa de campanha do governador Gladson Cameli. A deputada Antônia Sales também continua com a caixa de ferramenta contra o Governo aberta e fazendo duras críticas ao Governo, principalmente na área e saúde. O que diz Antônia Sales, sua filha, a deputada federal Jéssica Sales, também verbera por onde passa. E em relação à deputada Meire Serafim, nem se e fala. Ela é esposa do prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim, inimigo vulgar e acerbo do governo e do próprio governador Gladson Cameli.

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