Mãe da criança indígena morta e jogada em pedreira após abuso sexual prestou depoimento ‘muito abatida’

A mãe da criança de 11 anos, que foi encontrada morta e jogada em pedreira após abuso sexual em Dourados, na região sul do estado, prestou depoimento. Ao G1 o delegado Erasmo Cubas, responsável pelas investigações, disse que ela se demonstrava, a todo momento, “muito abatida” e também “falou bem pouco”.

O caso ocorreu há um mês e o inquérito já foi concluído e encaminhado ao poder judiciário, com o envolvimento de cinco pessoas, entre elas três adolescentes e dois adultos, sendo um deles o tio da criança. Este último suspeito, segundo a polícia, cometeu suicídio na cadeia.

No dia dos fatos, sete pessoas foram detidas e levadas para a delegacia para averiguação dos fatos. “Nós tivemos a prisão destes ouvidos no decorrer do inquérito. A mãe da vítima foi ouvida. Ela disse que a menina saiu para ir na casa do primo e, após dar o horário e ela não retornar, saiu para procurá-la”, explicou o delegado.

Entenda o caso

A vítima foi estuprada coletivamente e morta ao ser jogada de uma pedreira, com mais de 20 metros, em Dourados (MS), no dia 9 de agosto, de acordo com a polícia. Cinco pessoas confessaram o crime, entre três adolescentes e dois adultos, incluindo um tio da vítima. Um dia depois, a polícia decretou a prisão preventiva dos acusados maiores de idade.

A pedreira, onde a polícia diz que a vítima foi abusada, fica próxima da aldeia Bororó, comunidade indígena em Mato Grosso do Sul, local em que a vítima morava.

De acordo com informações da polícia com base nos depoimentos da confissão dos suspeitos, três adolescentes e um adulto planejaram abusar da garota.

No plano do crime, a polícia descobriu que dois adolescentes foram responsáveis por “embebedar” a garota e arrastá-la até o penhasco, local onde ocorreu o abuso.

Os jovens levaram a garota até a pedreira onde um outro adolescente e um adulto estavam. Lá, obrigaram a vítima a ingerir bebida alcoólica e, segundo o que disseram à polícia, iniciaram o abuso sexual coletivo.

Enquanto os quatro abusavam da criança, a polícia disse que o tio da vítima teria chegado ao local e também violentado a sobrinha.

Pedido de socorro

Os acusados disseram à polícia que a menina gritava por socorro e que chegou a desmaiar. Ao recobrar a consciência, a menina voltou a gritar, momento em que os homens decidiram jogá-la do penhasco, conforme detalhado em depoimento à polícia.

De acordo com a polícia, pedaços de roupa foram vistos ao longo da pedreira e o corpo da vítima estava dilacerado. Com as primeiras investigações, sete pessoas chegaram a ser ouvidas.

No local, a guarnição suspeitou do abuso sexual, que foi confirmado após o exame necroscópico.

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