26 de abril de 2024

“Se tiver fato novo, relatório da CPI será adiado”, afirma Omar Aziz

Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (13), o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Pandemia, falou sobre a expectativa para as últimas semanas de depoimentos. Aziz disse que espera a entrega do relatório final para o dia 29 de setembro, entretanto, a finalização pode ser adiada para que sejam feitas mais investigações.

“Essa semana praticamente 3 ou 4 depoimentos só sobre Precisa; o Prevent Sênior é sobre tratamento precoce com denuncias que recebemos de profissionais da saúde que trabalham lá dentro. Muita coisa pode mudar, a CPI é movida por fatos, se tiver um fato novo, não espere o relatório no dia 29”, disse Aziz.

Relator da comissão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) pretende enviar relatório final da CPI no dia 29 de setembro. O documento deve abordar a influência do governo federal na propagação do novo coronavírus no país e o atraso na compra de vacinas.

“É dia 29, mas podem acontecer novos fatos e vamos ter que protelar, temos ainda mais de um mês de CPI, chegamos realmente ao final, tem muito pouco para investigar. Acho que cumprimos o papel, antigamente se falava em tratamento precoce, bula, descobrimos muita coisa, descobrimos que o Brasil nunca teve interesse em comprar vacina”, afirmou o senador.

Omar Aziz reiterou que o foco da Comissão nas próximas semanas é de concluir as investigações e encaminhar o relatório aos Poderes Judiciário e Legislativo.

“Vamos tentar fechar todas as arestas que tem, a segunda etapa seria levar aos órgãos contundentes, aos Poderes Judiciário e Legislativo, para que tomem as providencias e as gente possa cobrar. Ontem, até se levantou em levar em Genebra o relatório da CPI, para que também possa tomar providência”.

Advogada de Bolsonaro

Em entrevista, o presidente da CPI da Pandemia afirmou que o depoimento de Karina Kufa, advogada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), precisa de fatos mais “concretos” para ocorrer. Aziz afirmou que não há divergências, mas que a CPI zela para que os depoimentos priorizem a “cautela”.

“Não há divergência, queremos subsidio, temos que ter uma razão de ouvi-la, ela simplesmente ser advogada do presidente não quer dizer que ela tem que ser ouvida. Temos lá as mensagens no celular do Marconi onde ela é citada em uma das conversas. Queremos algo mais contundente, algo que possa levar ela a depor. Isso não é justificativa, muitas coisas são pessoas que não tem nada a ver com isso, coisas lícitas, queremos coisas concretas que possam contribuir na condução da CPI”, afirmou.

Omar Aziz reiterou que só irá concordar em depoimentos com embasamento concreto para a contribuição na investigação da CPI.

“Eu só posso concordar caso nós tenhamos alguma coisa concreta e não só pra fazer pirotecnia, só porque é advogada, ex-esposa, filho. Temos que ter cautela e a CPI tem isso desde o começo”, disse Aziz.

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