O dia 18 de fevereiro é o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo. Um alerta cujo objetivo é propor uma reflexão sobre o papel das drogas lícitas no cotidiano de nossa sociedade e seus malefícios físicos e mentais, tanto de forma individual quanto para a coletividade.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) define o alcoolismo como uma patologia crônica desencadeada pelo uso constante e descontrolado de bebidas alcoólicas.
Neste mês de janeiro, a Federação Mundial de Cardiologia divulgou um guia, dizendo que nenhuma quantidade de álcool é boa para o coração.
Esta federação é uma organização de defesa da saúde com sede em Genebra (Suíça) que representa centenas de associações do coração em todo o mundo.
Ao afirmar que qualquer quantidade de álcool pode levar a uma perda de vida saudável e que os danos sociais e econômicos são inquestionáveis, fez com que os críticos rapidamente atacassem essa postura dizendo que a entidade ignorou estudos que mostravam pequenos benefícios em doses moderadas.
Tal benefício seria o aumento do colesterol bom chamado HDL. Afirmam que a federação foi tendenciosa numa tentativa ingênua ou mal intencionada de ser politicamente correta.
Dentre esses críticos está a Associação Americana do Coração, membro da federação que defende que a chave é a moderação e define essa moderação com um drinque para as mulheres e 2 drinques para os homens.
A federação por sua vez rebate as críticas afirmando que não há evidências científicas disponíveis atualmente que amparem essa alegação e que esses estudos são observacionais, inconsistentes, não sujeitos a controle randomizado, com muitos vieses e apoiados e financiados pela indústria do álcool.
Afirma ainda que a alegação de que o álcool aumenta o colesterol bom é uma perigosa desinformação, pois ignora os seus efeitos nocivos que superam em muito eventuais benefícios.
Eventuais porque o aumento do bom colesterol não se traduziu em redução de risco cardiovascular. Perigosa porque essa alegação se traduz para muitos como estímulo ou desculpa para o consumo.
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