Deixada sozinha, menina de 6 anos que morreu ao cair de prédio segurava um celular

A menina Rafaella Lozzardo Silva, de seis anos, segurava um celular e um chinelo antes de cair do 12º andar do apartamento do pai e morrer, na madrugada do último sábado (11), em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Ela foi deixada sozinha e dormindo, enquanto o responsável saiu para levar a namorada em casa. O homem foi preso e, logo em seguida, liberado após audiência de custódia.

De acordo com o delegado Alexandre Comin, o celular que a menina segurava quebrou com a queda e, por isso, ainda não há informações sobre o que ela fazia nem de quem era o aparelho. Segundo ele, também não há confirmação de que a criança tentou ligar para o pai ao não encontrá-lo em casa durante a madrugada.

Segundo apurado pelo g1, o 2º Distrito Policial de Praia Grande investiga se o responsável por Rafaella já havia deixado ela sozinha outras vezes. Conforme o delegado, o pai deixou o apartamento por aproximadamente meia hora e, justamente nesse meio tempo, Rafaella acordou. “Ela entrou em desespero. Foi até a sacada e começou a gritar por socorro, [dizia] que estava sozinha e com medo”, disse o responsável pelo caso.

O delegado contou que uma vizinha acordou com o barulho e tentou acalmar a menina, dizendo que ligaria para a portaria. “Nesse momento, em que a vizinha saiu para ir ao interfone, ouviu um estrondo. Quando ela voltou constatou que a criança havia caído. Infelizmente uma queda fatal”, disse.

Comin explica que a mãe compareceu à delegacia, mas não tinha condições de prestar depoimento. Ele afirmou que serão ouvidas outras testemunhas para que possa concluir enviar o inquérito policial e encaminhar ao judiciário.

Reação do pai

O delegado contou que, assim que o pai retornou ao prédio, notou as viaturas de polícia, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Naquele momento, foi informado que filha havia sofrido um acidente e que ele deveria ser conduzido aqui ao distrito policial.

“Chegando na delegacia, no momento em que foi dada voz de prisão em flagrante delito, ele foi cientificado da morte da filha. Ficou bastante transtornado com a notícia”, disse Comin.

Leia mais em G1.

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