Criticado à direita e à esquerda e ameaçado de expulsão do PP, Bocalom não está fora da disputa

Se conseguir implantar as obras programadas e com a chave do cofre municipal na mão, prefeito continua no pareo para 2024

O barulho do silêncio

No Acre, em nenhum momento passou despercebido o silêncio sepulcral da bancada de deputados federais e senadores, todos bolsonaristas (a exceção fica por conta do senador Sérgio Petecão, do PSD, que se reaproximou do presidente Lula e do PT) em relação ao indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 60 pessoas, incluindo cinco ex-ministro de Estado, pela CPMI do 8 de Janeiro, cujo relatório foi aprovado na quarta-feira (18), por 20 votos contra 11. De acordo com o relatório da relatora senadora Eliziane Gama (PSD-MA, Bolsonaro participou dos atentados do 8 de Janeiro com quatro crimes, ainda que à distância. São denúncias de crimes que, se acolhidas pela Procuradoria Geral da República (PGR) e virarem inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal), podem render ao ex-presidente alguns anos de cadeia. Mas, apesar da gravidadas das denúncias e dos riscos de uma condenação, dos bolsonaristas e aliados acreanos, nem um pio – o típico silêncio ensurdecedor.

Candidatura subjudice

De Brasiléia, chega a notícia de que, diante da recusa do empresário Nelsinho Moreira de ser candidato a prefeito em lugar de sua esposa, a ex-prefeita Leila Galvão, o MDB, partido do casal, não vai bancar nenhuma aventura. Isso significa que os chamados “cabeças brancas” (como são chamados os dirigentes do Partido), estariam dispostos a bancar a candidatura de Leila à Prefeitura mesmo com recomendação de que ela não poderia ser candidata por ter tido suas contas reprovadas pela Câmara Municipal e pelo TCE (Tribunal de Constas do Estado).

Vai assim mesmo

Os dirigentes emedebistas estariam dispostos a correr risco e bancar a candidatura dela acreditando que já há jurisprudência no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de que reprovação de contas não é motivo capaz de inviabilizar candidaturas. Ela disputaria subjudice e, se ganhar, a briga judicial vai continuar até a última instância, o STF, o que demora e Leila podria até pensar em tirar todo o mandato, sem problemas.

Dr. Zico Bronzeado

Ainda de Brasiléia, chega notícia de que o ex-vereador e ex-deputado federal petista Zico Bronzeado, que teve mandato de 1998 a 2002, abadonou de vez a política. Formado em medicina na vizinha Cobija, cidade boliviana fronteira com Brasiléia, o ex-político luta para ser médico e estuda para conseguir passar no Revalida e assegurar seu CRM.Á amigos, ele tem dito que está mais feliz do que na é época em que tinha mandatos eletivos.

“Vamos falar de coisa boa…”

Por falar em MDB, em Rio Branco, o ex-prefeito Marcus Alexandre vem buscando formar uma chapa competitiva de candidatos a vereadores. Depois de convidar ex-assessores do governador Gladson Cameli, como o ex-secretário Neném Junqueira, que aceitou a parada, Marcus convidou a integrar o MDB, para também ser candidato à Câmara Municipal, o empresário Manuel Miranda, o baixinho da Mitsubich, aquele que aparece na TV num comercial de carros conclamando às pessoas a falarem de coisa boa.

Filiado ao PP

Miranda é filiado PP e inclusive foi candidato a vereador em 2020, apoiando o prefeito Tião Bocalom, mas em 2024 deve ir de Marcus Alexandre e também disputar vaga na Câmara.

Foto: ContilNet

Bocalom esta no páreo

Criticado à direita e à esquerda, chamado de autoritário e antipático, além de ameaçado de ser expulso de seu Partido, o PP, que apresentou a pré-candidatura de Alysson Bestene em seu lugar, o prefeito de Rio Branco, Tião Bpcalom (ainda no PP), não é carta fora do baralho nem mosca morta na disputa pela reeleição, em 2024. Na pior das hipótess, se o prefeito conseguir por em prática o volume de obras que tem programado nas mais diversas áreas da municipalidade e melhorar sua imagem de homem turrão e pouco aberto ao diálogo, será um candidato forte. Com a máquina municipal na mão, dificilmente não estaria num eventual segundo turno da eleição.

Serviçais da ditadura militar

Uma das famílias acreanas mais prejudicadas caso seja acatado pedido judicial do MPF (Ministério Público Federal) de retirada de nome de pessoas que tiveram ligações com a ditadura militar de logradouros públicos no Acre, será a dos ex-senadores e ex-governadores Jorge e Tião Viana, irmãos entre si. Caso a Justiça aceite o pedido e determine a proibição desses nomes, sairiam de cena a Passarela Joaquim Macedo, o Mercado Elias Mansur e Parque de Exposição Wildy Viana, pela ordem, tio, primo em primeiro grau e pai dos irmãos Viana.

Exagero

Por mais que tenha sido antipática a ditadura militar e a participação de seus serviçais, há quem enxergue na ação do MPF, que fez uma espécie de cavalo de batalha nesta questão, algum exagero.

“Gay são usados pelo diabo”, diz deputado

Em Brasília, o buchicho das últimas horas fica por conta de declarações do polêmico deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). Bolsonarista raiz, o mais votado e um dos mais jovens deputados do parlamento brasileiro, eleito em 2022, Nikolas está sendo acusado pelo deputado distrital Fábio Felix (PSol-DF) junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) em queixa por falas homofóbicas em um podcast.

Estrapolou

Entre outros absurdos, Nikolas disse que o relacionamento homossexual faz com que as pessoas se afastem da “vontade de Deus”, assim como “a bebida, mentira, gula e fofocas”. O parlamentar também afirmou que homossexualidade é “ilusão”, “mentira”, e que os gays são usados pelo “diabo”.

Isso ele não se importa

Polêmicas à parte, o que se observa é que, em todo o país, diariamente, centenas, talvez milhares, de crianças são estupradas, mulheres são assassinadas, e o deputado não se preocupa com isso e prefere puxar um debate inócuo sobre a vida íntima e a preferência sexual das pessoas.
Uma idiotice.

Zequinha Lima no páreo

Candidato à reeleição, que conta com o apoio do governador Gladon Cameli e do deputado estadual mais votado em 2022, Nicolau Jr, o prefeito Zequinha Lima (PP),de Cruzeiro do Sul, está em Brasília atrás de recursos para fechar o mandato com obras significativas, como a recuperação e melhoria da principal área de lazer popular da cidade, o balneário do Igarapé Preto. Quem acompanha a política em Cruzeiro do Sul avalia que, apesar da possível candidatura à Prefeitura da ex-deputada Jéssica Sales, Zequinha Lima continua no páreo como forte candidato à reeleição. ,
É esperar para ver. 2024 já está bem ali…

Mazinho rumo ao Governo

Por falar em prefeito do interior, quem está de volta a Sena Madureira é Mazinho Serafim, o polêmico prefeito da cidade, após mais de uma semana internado em hospital de Rio Branco, enfrentando um problema renal. Quem andou por Sena Madureira nos últimos dias observou que a cidade está arrumadinha e que Mazinho vem trabalhando muito. Cumprindo seu segundo mandato, além de buscar fazer seu sucessor no ano que vem, ele prepara sua pré-candidatura ao Governo do Estado em 2026.
Diz que está pronto para o desafio e que não abre mão de concorrer.

Guerra do batom

Quem acompanha a política e as sessões na Câmara Municipal de Rio Branco observa que ali falta sororidade e solidariedade entre as duas únicas representantes do sexo feminino na casa, as vereadoras Lene Petecão (PSD) e Elzinha Mendonça (PSB). A primeira é da base de sustentação do prefeito ¨Tião Bocalom e a segunda, de oposição. Por conta dessas posições antagônicas, aqui e acolá as duas só faltam ir às vias de fato, como ocorreu na sessão desta quarta-feira (18),quando as duas bateram boca e deixaram membros do serviço de segurança de prontidão temendo que o pior, uma briga de braço, pudesse vir a ocorrer.
É a típica guerra do batom.

Papai votou contra

O ano era 1983, governo Nabor Júnior. Como capitais em regiões de fronteira não poderiam eleger prefeitos diretamente por decisão da ditadura militar que se findava, como era o caso de Rio Branco, o então governador indicou para prefeito biônico, sem voto, o jovem engenheiro e pouco conhecido Flaviano Melo, que começaria ali a sua longeva carreira política no Acre.
A indicação teria que ser aprovada, como foi, pela Assembleia Legislativa, com maioria absoluta de votos.
Houve apenas um voto contra.
Foram apurar e o autor daquele voto era o deputado Raimundo Melo, pai de Flaviano, que faleceu no ano seguinte sem explicar por que votara contra a indicação do filho para prefeito da Capital.

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