Mais de 600 acreanos estão sendo atendidas por dia com síndromes febris

A Sesacre informou que o aumento de casos demonstra um quadro preocupante em relação à situação epidemiológica das síndromes febris ocasionados pelas arboviroses urbanas

O aumento de 106,6% no números de casos no Acre fez com que o governo do Estado decretasse situação de emergência na última sexta-feira (5), em uma edição extra do Diário Oficial. O decreto é válido por 90 dias.

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Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) informou que, atualmente, estão sendo realizados cerca de 600 atendimentos diários de pessoas com sintomas de síndromes febris nas unidades do estado.

O mosquito africano Aedes aegypti é o transmissor da dengue, ou melhor, a fêmea do mosquito — Foto: Freepik

Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, revelam que o estado do Acre teve o segundo maior crescimento no número de casos de dengue do país no ano de 2023, quando comparado ao ano anterior, 2022.

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Secretário Pedro Pascoal/Foto: José Caminha

“Estamos com uma média de 600 pacientes relacionados somente a síndromes febris diarreicas e isso nos deixa um alerta, até porque, quando classificado esse paciente, visto o nível de gravidade dele, 60% desses pacientes atendidos nas UPAs poderiam ser conduzidos nas unidades de referência ao atendimento primário, que são as Uraps, mas essa ação está sendo construída em conjunto com a gestão municipal, para que ela evolua e deixe com que os casos graves sejam atendidos nas respectivas unidades”, disse o secretário de Sáude Pedro Pascoal.

Situação de emergência

No decreto, a Sesacre informou que o aumento de casos demonstra um quadro preocupante em relação à situação epidemiológica das síndromes febris ocasionados pelas arboviroses urbanas, sendo elas Dengue, Zika e Chikungunya.

O decreto foi tomado a partir de informações baseadas nos dados das Unidades Básicas de Saúde e, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s), como 2º Distrito (Via Verde), Franco Silva, Cidade do Povo, em Rio Branco, e Jaques Pereira, em Cruzeiro do Sul, além do Hospital de Urgência Emergência, em Rio Branco, Hospital Raimundo Chaar, em Brasiléia, e demais unidades hospitalares do Estado;

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Além disso, o governo considerou a comprovação de circulação de outras duas arboviroses (Mayaro e Oropouche) em alguns municípios, “cuja magnitude ainda não se pode definir, visto que não há kits comerciais para venda no País, o que limita a realização de exames laboratoriais para a confirmação do diagnóstico”, disse trecho do decreto.

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