Após a fuga de dois detentos acreanos, do Presídio Federal de Mossoró, em Rio Grande do Norte, na madrugada da última quarta-feira (14), o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou novas medidas de segurança que devem ser adotadas nos cinco presídios federais do país.
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Nunca antes na história do Sistema Penitenciário Federal (SPF) foram registradas fugas. O acontecimento marca a primeira crise do ministro Lewandowski à frente da pasta da Justiça e Segurança Pública, após a saída de Flávio Dino, que ocupa uma vaga no STF.
Entre as medidas adotadas por Ricardo Lewandowski para reforçar a segurança nos presídios federais estão a ampliação de sistema de alarmes; o reforço de agentes de segurança; o aperfeiçoamento do sistema de entradas nos presídios, com implantação de reconhecimento facial; e a construção de muralhas.
Sobre a fuga
Em entrevista coletiva cedida nesta quinta-feira (15), o ministro classificou a fuga como um episódio fortuito e atribuiu a fuga a uma reforma que está sendo realizada no presídio. De acordo com a investigação, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento fugiram pelo o teto das celas, arrancando uma estrutura metálica de alumínio e cabos de energia ligados à iluminação da cela.
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A penitenciária está passando por uma reforma. E foi justamente com uma ferramenta utilizada nas obras que os dois detentos cortaram um alambrado e fugiram no pátio do presídio. A direção da penitenciária só deu conta da fuga dos dois, duas horas depois, por volta das 05h da manhã.
De acordo com Ricardo Lewandowski, os fugitivos ainda podem estar na região próxima à prisão, pois as imagens de vídeo não mostraram nenhum veículo realizando o resgate dos dois.
Afastamento da direção
Após a fuga dos detentos, que estavam na unidade desde setembro de 2023, o ministro da Justiça determinou o afastamento da atual gestão da penitenciária e escalou um interventor para comandar a gestão.