Com um mês de fuga, buscas por acreanos foragidos podem acabar a qualquer momento; entenda

Caso haja desmobilização, haverá uma estratégia de recaptura deles por meio de investigações e inteligência

A busca pelos fugitivos Deibson Cabral e Rogério da Silva, que há um mês fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró estão mantidas até o momento, mas o Ministério da Justiça e Segurança Pública definiu na data de hoje, quinta-feira (12), um critério para desmobilizar as buscas na região de Baraúna, na divisa do Rio Grande do Norte com o Ceará.

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A busca será interrompida se as equipes ficarem um número considerável de dias, em torno de uma semana, sem rastros deles — caso os cães farejadores, por exemplo, não sintam sinais dos foragidos. As fortes chuvas que atingem o território se tornaram um dos principais obstáculos nas buscas, pois contribuíram para que fossem apagados vestígios deixados pelos criminosos, o que dificulta a ação dos cães farejadores. Caso haja desmobilização das equipes policiais, haverá uma estratégia de recaptura deles por meio de investigações e inteligência.

Fugitivos de Mossoró/Foto: Reprodução

Segundo o coronel da reserva da PM José Vicente, e ex-secretário nacional de Segurança Pública, a manutenção de equipes de busca de várias forças federais e estaduais é cara e “irracional”:

“São policiais que fazem falta na proteção da sociedade e estão cuidando de procurar apenas dois criminosos. O Rio Grande do Norte tem pelo menos sete mil criminosos procurados com mandados de prisão em aberto. E eles não recebem a mesma atenção. Então por que esses dois são tão mais importantes? Por que causaram uma vergonha para o governo federal, pela má gestão dos presídios? É um momento de se deixar apenas para a investigação. Não tem sentido fazer busca pelas casas como vem acontecendo”, considerou.

O ex-secretário apontou que os custos diários da operação envolvem as diárias dos profissionais, além dos salários regulares, combustível, gastos com helicópteros e outros equipamentos, mas preferiu não estimar o valor gasto até o momento.

Nesse cenário, a busca pelos criminosos será desmobilizada pelas equipes policiais e dará lugar a uma estratégia de recaptura deles por meio de investigações e inteligência. Cerca de 600 policiais, entre os quais 100 homens da Força Nacional, participam da perseguição a Cabral e Silva, os primeiros presos que conseguiram fugir de um sistema penitenciário federal, ambos ligados à facção carioca Comando Vermelho.

As equipes vasculham uma área com raio de 15 quilômetros a partir da Penitenciária Federal de Mossoró, sobretudo na zona rural de Baraúna, pequena cidade vizinha. Os dois fugitivos foram vistos pela última vez no dia 3 de março, quando invadiram um galpão e agrediram um funcionário do local, na busca por comida e celulares.

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