A chapa Bocalom/Alysson, que vai disputar a Prefeitura de Rio Branco neste ano, deverá ser reflexo também nas eleições estaduais de 2026. Em uma longa conversa com a coluna, o senador Marcio Bittar, do União Brasil, deixou claro que a coligação, que já conta com 9 partidos, deverá continuar unida e alinhada nos próximos anos. O senador pôs um fim nas especulações de que a direita têm diversos nomes interessados em disputar o governo e o Senado em 2026. Segundo o senador, junto a ele, o governador Gladson vai concorrer a uma das duas vagas disponíveis no pleito. Já no governo, o nome mais consolidado para disputar o cargo, é o do atual senador Alan Rick.
“Não há a menor possibilidade de ter dois candidatos ao senador no PL. Ele só vai ter um candidato, que a não ser que eu morra, esse candidato vai ser eu. Ter candidato a governador não é a prioridade do PL”, disse o senador comprovando que deverá deixar o União Brasil para concorrer pelo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Unidos mais que nunca
A união PL/Progressistas também está mais forte do nunca, nacionalmente. Por isso, a possibilidade do PP ter dois candidatos a senador, em 2026, também está fora de cogitação. Além de Gladson, nas últimas semanas, boatos diziam que a deputada Socorro Neri seria o segundo nome do partido na disputa.
“Quando você anuncia uma aliança entre o PL e o PP, mais o União Brasil, essa aliança vai ter dois candidatos ao Senado. E hoje, esses nomes são Marcio Bittar e Gladson Cameli”, completou.
Pragmático
Bittar ainda foi pragmático: se os partidos se uniram em uma grande aliança em prol das eleições de Rio Branco neste ano, a expectativa é que essa união continue em 2026.
“É natural que se imagine que os atores desses partidos estejam imaginando que estarão juntos em 2026. É igual casamento. Ninguém casa pensando em se separar”, disse.
Alan mais próximo do governo
Em relação ao futuro candidato ao governo, na sucessão de Gladson, Bittar declarou que o senador Alan Rick desponta como o favorito para concorrer ao cargo na chapa em 2026.
“Nessa aliança, o Alan, hoje, estaria dois, três passos na frente para concorrer ao governo”, declarou o senador.
Notas do colunista
A direita acreana não quer cometer o mesmo erro que tiveram nas eleições de 2022, quando se dividiram e romperam relações. O governador Gladson Cameli foi reeleito sem o apoio de Marcio Bittar, que também concorreu ao cargo.
Como fica?
A questão nisso tudo é como deve ficar a vice-governadora Mailza Assis, que pretende concorrer ao cargo para suceder Gladson. Ela, inclusive, deve tocar o comando do governo durante alguns meses, após o afastamento de Cameli, que precisa deixar o cargo para concorrer ao Senado em 2026.
Tudo acertado
A estrutura da chapa do PL/PP e União Brasil para 2026 deve passar principalmente pelas executivas nacionais dos partidos. E ao que tudo indica, segundo o senador Marcio Bittar, já estão cientes sobre os acordos firmados em torno da chapa Bittar/Gladson e Alan.
Pauta indígena
O governador Gladson Cameli segue sendo o chefe do Poder Executivo que mais realizou ações em prol dos povos indígenas do Acre, pauta que sempre é atrelada à políticos de esquerda. Além de criar a Secretaria dos Povos Indígenas, uma das poucas do país, ele agora solicitou ao governo Lula, em caráter de urgência, a construção de 500 moradias do Minha Casa Minha Vida (Rural), para os indígenas afetados pela enchente no estado deste ano.
Destaque
Destaque para a secretária Francisca Arara, que altamente qualificada, ajuda o governador a entender as pautas prioritárias da comunidade indígena do Acre.