Greve na Ufac: professores dizem que administração superior não está disposta a negociar

Segundo Raquel Ishii desde 12 de junho a administração da instituição não está sentando à mesa para debates

A greve na Universidade Federal do Acre (Ufac) foi mantida, de acordo com o deliberado em reunião, na manhã desta terça-feira (25), devido a reivindicações dos docentes referentes à esfera estadual.

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Com exclusividade ao ContilNet, a porta-voz do movimento grevista apresentou os 11 pontos levados à reitoria para que fossem discutidos e, possivelmente, implementados, entretanto, eles não foram assinados pela gestão e após este movimento a administração superior da instituição se retirou das negociações.

Os pedidos discutidos e feitos pelo movimento, que já foram apresentados são os seguintes:

  • Reativação do setor de apoio pedagógico e contratação de assistente social e de psicólogo;
  • Contratação de equipe de apoio à inclusão escolar – tradutores-intérprete de línguas de sinais e português/TILSP, mediadores e cuidadores;
  • Prestação de contas da administração dos recursos da matriz CondiCAp e do processo de oferta de alimentação escolar;
  • Criação de políticas de segurança do CAp; Esclarecimento sobre o inventário patrimonial existente dos últimos 10 anos do CAp;
  • Criação de uma Diretoria de Educação Básica na Ufac, com a constituição de um comitê paritário entre docentes, conselho escolar e administração superior;
  • Oferta de bolsas estudantis que contemplem os estudantes do CAp;
  • Esclarecimento imediato à comunidade universitária sobre o que ocorrerá com o prédio antigo do CAp;
  • Recomposição da comissão responsável pela elaboração de normas que regulamentam o fluxo e prazos dos procedimentos administrativos que apuram assédios e/ou violências, contra grupos vulnerabilizados, tais como mulheres, populações negras, povos indígenas e pessoas LGBTQIAPN+ e suas interseccionalidades, apresentando o protocolo de atendimento, acolhimento, prevenção e encaminhamento para a responsabilização.

Assembleia aconteceu nesta terça-feira (25) e confirmou a permanência da greve na Ufac/Foto: ContilNet

Raquel Ishii explicou sobre como se deram as reuniões e o estabelecimento das discussões feitas. “Quando entramos em greve, nós sempre construímos pautas locais, conseguimos manter duas reuniões semanais e avançar em três reuniões com consensos que estão materializados no termo de compromisso/acordo 01. Até o momento, não obtivemos a assinatura da reitoria e em 12 de junho, a Administração Superior se retirou da mesa de negociação e os demais pontos se quer foram debatidos”, explica ela.

Além dos itens citados, outras reivindicações seguem sendo discutidas, mesmo sem que a reitoria esteja se fazendo presente na mesa de discussões. Confira abaixo o documento na íntegra com as proposições de solução feitas pelo movimento grevista:

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