Homem é condenado por matar esposa asfixiada na frente do filho e fingir suicídio

Homem havia ameaçado a vítima de morte um dia antes, segundo a polícia. Sentença foi agravada por conta do histórico de violência contra as suas duas ex-esposas

A Justiça de Rondônia condenou Claudeir Santana da Silva pelo crime de feminicídio. Ele foi acusado de matar a esposa, Tatiane dos Santos Cândido, de 33 anos, por asfixia na frente do filho. O caso aconteceu em abril de 2023, no município de Ji-Paraná (RO) e o caso foi julgado na última semana.

De acordo com a sentença, o homem foi condenado a 33 anos, sete meses e seis dias de prisão, inicialmente em regime fechado. O que agravou a pena do réu foi o histórico de violência contra as suas duas ex-esposas e aos filhos da vítima e pela prática do feminicídio na presença de três crianças. O júri considerou que Claudeir premeditou a morte da mulher que convivia a cerca de seis anos.

Homem é suspeito de simular suicídio da esposa em Ji-Paraná, RO — Foto: Redes Sociais/Reprodução

De acordo com a sentença, o réu agiu “de forma extremamente repugnante, demonstrando total frieza, inclusive passando a ideia de que ela teria cometido suicídio com a ingestão de remédios controlados”.

Na época do feminicídio, o marido da vítima contou que a mulher tomou remédios e deitou na cama para morrer, isso porque ela tinha depressão, o que levantou a hipótese de um provável suicídio. O fato que foi descartado durante as investigações e Claudeir se tornou o principal suspeito do crime.

Entenda o caso

Tatiane dos Santos Cândido foi encontrada morta na casa onde morava na cidade de Ji-Paraná (RO) em abril de 2023. Na época, os policiais militares foram na casa do casal um dia antes do crime, quando a mulher informou que o marido havia ameaçado ela de morte.

Durante depoimento à polícia, Claudeir apresentou inconsistências na história narrada e levantou a possibilidade de um crime.

“O infrator achou que haveria um crime perfeito e crime perfeito não existe. Ele subestimou a polícia”, relatou o delegado do caso.

O exame feito pelo Instituto Médico Legal (IML) apontou que a mulher foi asfixiada até a morte. O laudo contestou a versão do marido de que a mulher teria retirado a própria vida. Claudeir Santana foi preso suspeito de ser o principal suspeito do crime.

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