Não consigo elencar apenas alguns dos problemas que estão colocando o ex-presidente Jair Bolsonaro como desmoralizado na mídia nacional e internacional. E o culpado é apenas um: o próprio. Foi ele que permitiu, por meio de seu próprio ego, que as coisas chegassem a esse ponto.
Mas a dúvida que me ocorre neste momento é: como fica a bancada federal, até então bolsonarista? Veremos recálculo de rota? Chá de esquecimento? Ou fingirão que nada acontece por vivermos num estado majoritariamente fã do ex-presidente?
Sem citar nomes, a preocupação em alguns gabinetes vai para além disso, mas o tempo é o senhor da razão, e falar de milagres e santos nesta altura do campeonato é inútil, pois tanto milagres como santos podem sofrer drásticas mudanças a partir de agora.
Síndrome de Lúcifer
Desde quando assumiu o protagonismo como o líder número 1 da política no Acre, Gladson divide o bolo entre os seus, e o problema é que alguns nunca viram tanto poder. Se revoltam, acham que podem fazer melhor e se rebelam. Que ninguém se espante se a Síndrome de Lúcifer atacar nas próximas eleições.
Vergonha
Não vou cometer o radicalismo de afirmar que o governador ganhou literalmente sozinho, teve o apoio de muita gente boa. Por onde andei, vi grandes nomes balançando bandeiras e pedindo votos. Mas alguns líderes deveriam ter vergonha, ainda mais porque sabemos que toda essa fome vai se converter em facas no pescoço por mais bolo daqui dois anos.
Toniquim
Antônio Aquino, o Toniquim, ganhou um verdadeiro exército de defensores para permanecer à frente da Federação Acreana de Futebol. Por onde ando, Toniquim fez um discípulo.
Crise à vista
Quanta bagunça! Por todo o Estado, se tem notícias de prefeituras, gabinetes e projetos que não poderiam ter começado pior o ano de 2023. Algumas notícias já vieram à tona, se outras vierem é sinal de crise à vista. Por todos os lados e onde menos se espera.
Benefício do mistério
Gilson Pessoa não pode ser creditado como um forte oponente à Rosana no Quinari. Seus padrinhos, Petecão e Vanda, saíram fracos das últimas eleições. Não quis testar as urnas em 2022 com receio de sair queimado na visão do eleitorado. Sua realidade é completamente diferente da última eleição, quando até aliados da Rosana pediram votos a ele. Dou à sua possível performance, no máximo, o benefício do mistério.
De olho
No interior, uma ativista política está de olho em um conselho para barganhar com a prefeitura local uma pomposa secretaria. Se isso for verdade, é grave e merece acompanhamento de perto. Os conselhos são órgãos sérios e que não podem ser usados como moeda política. Vou ficar de olho!
Yanomami
Não há palavras para descrever o sentimento gerado pelas imagens que chegam dos Yanomami, bem como não existem palavras que justifiquem a omissão do poder público àquelas famílias. Vidas devem ser tratadas com seriedade! Todo e qualquer envolvido deve ser punido. Para além de uma exoneração.
Mourão
O discurso do ex-vice-presidente Hamilton Mourão é bonito. Por vezes antagonizou com o ex-presidente Jair Bolsonaro para o frenesi da juventude que adora redes sociais. Mas em ações efetivas, são todos farinha do mesmo saco. Mourão recebeu pedido de ajuda dos Yanomami e nada fez.
Bate-rebate
– As chuvas já mostraram que não devem obedecer qualquer critério, elas acontecem de forma completamente atípica (…)
– (…) Autoridades, o mínimo que a população precisa é de um poder público pronto para dar assistência.
– MPF disse que foi a omissão do Estado que causou essa série de prejuízos aos Yanomami (…)
– (…) Eu não possuía nenhuma dúvida disso.
– Esse caso será levado ao Tribunal de Haia (…)
– (…) Uma instituição séria, que um certo grupo tentou desmoralizar e distorcer sua atuação com fake news.
– A crise no Peru já causa efeitos em Assis Brasil, região de fronteira (…)
– (…) Meu amigo e vereador Wermyson Martins me procurou ontem para enviar imagens preocupantes.
– 11 chefes de postos de saúde indígenas foram exonerados (…)
– (…) Espero que as ações não parem por aí.