de olho no rio
Não bastassem os sucessivos reajustes do preço dos combustíveis desde a segunda posse da presidente Dilma Rousseff (PT), o que tem contribuído para o Acre continuar com um dos preços mais altos do país, os postos de Rio Branco já preparam um plano de estocagem para o caso de uma nova cheia do rio Madeira.
Este foi o ponto apresentado em coletiva de imprensa nesta terça-feira (3) realizada pelo Sindicato dos Postos de Combustíveis do Acre (Sindepac). De acordo com Delano Lima, presidente da entidade, o novo reajuste aconteceu pelo aumento do PIS e Confins sobre os produtos derivados do petróleo.
A medida foi adotada pelo governo como forma de compensação nas perdas de suas receitas. Depois de segurar nos últimos anos os preços dos combustíveis no Brasil, enquanto comprava mais caro no exterior, agora o Planalto se vê obrigado a tampar os rombos deixados na Petrobras.
Em Rio Branco o litro da gasolina comum já está a R$ 0,25 de atingir a marca dos R$ 4. De uma média de R$ 3,42 até o último sábado (31), o produto foi para R$ 3,75. De acordo com Delano, o aumento destes impostos se deu até o retorno da Cide, o imposto sobre os combustíveis, que voltará a valer em maio. Ele diz não acreditar que isso provocará novo aumento na bomba.
Enquanto os acreanos veem seu poder de comprar acabar de vez nos postos, o setor se prepara para um possível novo colapso de desabastecimento por conta da cheia do rio Madeira. No início do ano passado, a enchente histórica deixou a BR-364 submersa, impedindo a passagem dos caminhões-tanques abastecidos em Porto Velho.
Delano assegurou que agora não haverá uma nova crise, que obrigou os consumidores a passarem madrugadas nas filas nos postos. Ele diz que os revendedores já foram orientados para manter estoque seguro, além de terem traçado, em conjunto com o governo, um plano de contingência. A proposta é repetir a mesma estratégia do ano passado, quando a capital foi abastecida pela gasolina transportada por balsas até Cruzeiro do Sul.
