A Justiça Acreana condenou a professora da rede pública estadual, Gizelda Maria da Silva, a três meses de prestação de serviço comunitário em entidade social. A sentença por danos à honra e à imagem foi porque ela criticou, nas redes sociais, o diretor do Sindicato dos Professores da Rede Pública de Ensino do Estado do Acre (SinproAcre), Álvares Santiago.
Em seu comentário no Facebook, ela disse que o dirigente sindical estava curtindo férias numa praia do Nordeste, enquanto os filiados da entidade percorriam as ruas da capital, em busca de reivindicarem melhores condições de trabalho e reajuste salarial.
A decisão gerou revolta na categoria, já que a professora já tivera o ponto cortado durante a última greve. Os colegas de trabalho e do movimento grevista criticaram a decisão por entenderem que ação visa intimidar os demais sócios a não criticarem a diretoria do Sinproacre.
“Sempre fui muito verdadeira, com a minha categoria e meus colegas, mas sempre tive coragem de falar o que penso ”, disse, a professora, lamentando ser prejudicada por um colega de profissão. “O sagrado direito constitucional de expressão me foi negado”, desabafou Gizelda.