Considerado um clássico absoluto, o filme Hamlet, feito em 1948 pelo ator e cineasta britânico Laurence Olivier (1907-1989) abre a mostra, na noite desta quinta-feira. Protagonizada pelo próprio Olivier, a adaptação da tragédia do príncipe dinamarquês que jura vingar a morte do pai, assassinado pelo irmão, foi vencedora de quatro Oscars em 1949 e do Grande Prêmio do Festival de Veneza.
Roberto Rocha, professor adjunto de literaturas de língua inglesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro, participará de um debate neste sábado (3), após a exibição de Rei Lear, de Peter Brook, às 16h. Ele falará sobre as adaptações da obra de Shakespeare para o cinema com mediação de Guilherme Freitas, editor-assistente da revista Serrote, editada pelo IMS.
Segundo Rocha, a seleção apresentada na mostra atesta a riqueza com que a obra shakespeariana tem sido recriada no cinema. “Cada um dos filmes constitui uma obra autônoma que conquista seu valor não por se basear em uma obra de Shakespeare, mas pelos meios de recriação por eles engendrados a fim de tornar essa obra ainda artisticamente viva e significativa, passados 400 anos da morte de seu autor”, diz o curador.
Rocha diz que alguns filmes partem de uma montagem específica de um obra de Shakespeare, como é o caso de Rei Lear, versão cinematográfica da montagem que Peter Brook dirigiu para a Royal Shakespeare Company, em 1962. Já em Trono Manchado de Sangue, que será exibido nesta sexta-feira (2), o cineasta japonês Akira Kurosawa transportou a história de Macbeth para o seu país, com os principais personagens trajando a roupagem típica do teatro nô e dos filmes de samurai japoneses.
A programação completa e os horários estão disponíveis no site www.ims.com.br . Os ingressos custam R$8, a inteira, e R$ 4, a meia-entrada. O Instituto Moreira Salles fica na Rua Marquês de São Vicente, 476, na Gávea, zona sul do Rio.