O índio Benki Piyãko, mais conhecido líder Ashaninka, etnia do Acre, foi absolvido em um processo por denunciação caluniosa que corria na Primeira Vara Criminal de Cruzeiro do Sul (AC). A informação é da Folha de São Paulo.
De acordo com a publicação, a juíza Adamárcia do Nascimento proferiu a sentença nesta segunda-feira (21), considerando improcedente a acusação de falso testemunho feita pela Polícia Federal, e depois aceita pelo Ministério Público, em novembro de 2015.
“O caso foi noticiado pela Folha no domingo (20), no caderno especial sobre a expedição do fotógrafo Sebastião Salgado aos índios Ashaninka. A pena máxima para o crime de denúncia caluniosa é de oito anos. O caso teve origem em 2014, numa época em que três índios da mesma etnia foram mortos. Em seguida, numa discussão sobre a posse de um lote de reforma agrária do Incra, reflorestado por Benki Piyãko, o líder indígena se sentiu ameaçado e fez um boletim de ocorrência na polícia da cidade de Marechal Thaumaturgo (AC)”, diz um trecho da publicação.
Por ser índio, o caso foi investigado pela Polícia Federal. Apesar de ter arquivado a denúncia original, o órgão considerou que houve falsidade no depoimento de Benki.