27 de abril de 2024

Eleições suplementares do Tocantins mandam recado aos companheiros do Acre: Lula tira voto!

Antagônicos, mas parecidos

O governador petista Tião Viana e o prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro (Progressistas), são muito parecidos em alguns aspectos, não obstante serem de partidos antagônicos. A primeira semelhança a se destacar entre eles é que nenhum dos dois consegue dar respostas aos problemas do povo nas suas respectivas esferas de atuação.

Sofrimento nosso de cada dia

Se os moradores da segunda maior cidade do Acre se queixam dos buracos nas ruas, da limpeza pública, da falta de iluminação e do excesso de comissionados na prefeitura, no estado inteiro a preocupação do cidadão comum é com a segurança pública, a saúde, o desemprego e (se não é, deveria ser) também com a quantidade de companheiros e aliados que o governador pendurou no cabideiro estatal.

A fatura é nossa

Se Ilderlei tratou de empurrar mais um tributo ao povo do município, mandando aprovar projeto de lei que instituiu cobrança pelo recolhimento do lixo doméstico, Tião Viana usufrui do ICMS escorchante – cujo percentual de 25% foi estipulado pelo irmão Jorge Viana – sobre serviços como energia elétrica, internet, telefonia e transportes.

Bode expiatório

E tanto o prefeito quanto o governador, ambos mais parados que água de cacimba, trataram de arrumar um bode expiatório para a própria inoperância.

A culpa é de quem?

Sempre que precisa justificar aquilo que não consegue fazer, Ilderlei culpa o antecessor Vagner Sales; já Tião Viana, como não pode acusar o companheiro Binho Marques – e menos ainda o irmão –, trata de jogar as responsabilidades sobre as costas do presidente Michel Temer.

Semelhantes, mas diferentes

Mas há também, claro, entre os dois gestores, algumas diferenças. E a principal delas é que, por piores que sejam as brigas e os insultos nos bastidores do governo, Tião e seus aliados, em público, só têm a dizer elogios uns para os outros. Já Ilderlei, resgatado do limbo político em que vivia, trata de escancarar sua ingratidão em relação àquele que o guindou ao cargo de prefeito do município.

Com os burros n’água

As eleições suplementares para o governo do estado de Tocantins provaram, no último domingo, que o apoio do ex-presidente Lula, ao contrário do que acreditavam os companheiros, é capaz de tirar votos.

Não custa lembrar

É claro que o leitor sabe que o petista está preso na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, condenado que foi a 12 anos e um mês de cadeia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Balsa

Pois bem, como íamos dizendo, no domingo (3), houve eleições suplementares para a escolha do novo governador do Tocantins. A candidata mais cotada para seguir no segundo turno da disputa era, até duas semanas atrás, a senadora Kátia Abreu, do PDT. Mas foi aí que o vento virou a balsa.

Pesquisa

Antes, porém, é preciso dizer no dia 3 de junho o Instituto Fecomércio encomendou uma pesquisa de intenção de voto ao Ibope para saber a tendência do eleitorado do Tocantins. Kátia Abreu aparece na frente.

Minúcias

Os questionários foram aplicados entre os dias 5 e 7 de maio, em 38 munícipios. O levantamento tinha nível de confiança de 95% e margem de erro são 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, segundo o Ibope.

Favoritismo

Kátia Abreu despontava com 22% das intenções de voto. Em seguida apareciam, empatados com 15 pontos percentuais, os candidatos Carlos Amastha (PSB) e Vicentinho Alves (PR). E em quarto o governador interino Mauro Carlesse, do PHS, seguido dos candidatos da Rede Sustentabilidade (5%), do PSOL e do PRTB (1% cada um).

Entrou água

O vídeo que postamos aí abaixo começou a circular nas redes sociais cerca de duas semanas antes da votação de domingo. Foi o que bastou para virar o jogo contra a senadora do PDT.

Despencou

Com a ‘ajuda’ dada pelo ex-presidente Lula, Kátia Abreu terminou a corrida ao governo em quarto lugar. Mauro Carlesse (PHS) e Vicentinho Alves (PR) foram os mais votados e disputarão, no próximo dia 24, o segundo turno das eleições. Veja o recado de Lula, dado pela porta-voz Gleisi Hoffmann, que além de senadora é presidente da executiva nacional do PT.

Recado dado

O exemplo de Tocantins, portanto, manda avisar aos petistas, em especial ao pré-candidato ao governo do Acre pela Frente Popular, Marcus Alexandre, que o melhor a fazer é ficar quietinho em relação a Luiz Inácio. Senão, já sabe, não é mesmo? Vai ser balsa!

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