26 de abril de 2024

Bolsonaro ou Haddad? As propostas de cada um e as opiniões de jornalistas mal informados

Haddad ou Bolsonaro?

O plano de governo do representante político do presidiário petista Luiz Inácio, o candidato a presidente da República Fernando Haddad, é um remake da política que nos levou ao fundo do poço. Parte das propostas está no site do Estadão desde o dia 9 de outubro.

Mundo da lua

Entre as promessas de Haddad estão a ‘criação de linhas de crédito com juros menores e prazos de pagamento maiores’ e ‘crédito para famílias que hoje se encontram no cadastro de inadimplentes’. Pura bobagem. E eu explico por quê.

Círculo vicioso

Ocorre o seguinte: o sujeito que contrai nova dívida para quitar as antigas seguirá sem poder adquirir os bens de que necessita. E sem vender, as empresas não contratam, o que mantém o desemprego nos patamares atuais (em cerca de 13 milhões, segundo os dados mais recentes). E num contexto de consumidores que não gastam por não ter como fazê-lo, as indústrias deixam de produzir – e também de pagar impostos.

Ciclistas

Com a arrecadação em queda desde 2011, o governo não resolve o grande problema do país – e a origem maior da crise –, que vem a ser o crescimento das contas públicas. Foi isso que dona Dilma tentou esconder em suas ‘pedaladas fiscais’, o que serviu como justificativa à sua deposição.

Mais do mesmo

Além disso, o candidato petista propõe a ‘retomada dos investimentos da Petrobras’ (pilhada pelas quadrilhas formadas pelo PT, PMDB e PP), a revogação da ‘Emenda Constitucional 95, que estabelece o teto de gastos no Orçamento federal’ e também a ‘retomada do programa Minha Casa Minha Vida’.

Receita da morte

Portanto, o petismo não muda, ainda que mude o candidato do PT. Haddad propõe a receita de um remédio que quase matou o paciente. Mas o importante é que o moribundo, antes de morrer, vote nele para a Presidência da República, não é mesmo?

Plano adversário

Bem, vamos agora às propostas de Jair Bolsonaro (PSL). Em seu plano de governo consta a redução de 20% do volume da dívida pública, o que se daria por meio de privatizações, concessões e venda de propriedades imobiliárias da União. De sua política de privatização estariam excluídas as ‘poucas empresas estratégicas’ para a economia do país – a exemplo da Petrobras, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

Cortes

Bolsonaro também promete reduzir o número de ministérios, que no último ano do governo FHC era de 21, passou a 34 no primeiro mandato de Lula, 37 no segundo e finalmente 39 com dona Dilma no poder. E só não chegamos ao 40º – o da Irrigação Nacional – porque ela foi defenestrada do Palácio do Planalto.

Empresa fácil

O presidenciável do PSL também promete combater a burocracia com a ‘simplificação das regras de abertura e fechamento de empresas’. Além de implantar um ‘programa de renda mínima para todas as famílias brasileiras’ – o que, convenhamos, o faz ficar com cara de petista.

Diferença

Ora, se o principal problema do país é a enormidade da dívida pública, o único que se propõe a tratar do problema é Bolsonaro. E se ela cresceu nos últimos anos, a culpa é dos companheiros.

Explicação necessária

A oito dias para escolhermos o próximo presidente do Brasil, falo das propostas dos postulantes por ter lido, no Facebook, que Bolsonaro não vai aos debates com Haddad por ser ‘vazio de discurso’. A frase é de um conceituado jornalista e blogueiro do Acre, eleitor de Marina Silva – certamente porque é um dos poucos que consegue entender o que ela diz.

Menos altivo, mais machadiano

É até aceitável que militantes petistas recorram às ofensas costumeiras na tentativa de fustigar o adversário e guindar Haddad ao poder. Inadmissível é que um jornalista das antigas queira ‘informar’ algo sobre o qual nem sequer se deu ao trabalho de ler. Como bem ensinou Machado (o de Assis), “Em nosso país a vulgaridade é um título, a mediocridade um brasão”.

Fogo no parquinho

O assunto do final de semana em Cruzeiro do Sul foi o quiproquó entre os vereadores Maivaldo da Várzea (Progressistas/foto) e Ronaldo Onofre (PDT). Em reunião convocada pelo prefeito Ilderlei Cordeiro (Progressistas) para tratar das demissões em curso na administração local, os dois se estranharam.

Razão da arenga

O valente Marivaldo partiu pra cima de Onofre em defesa do prefeito e do presidente da Câmara, contra os quais o pedetista tem feito denúncias graves que foram parar no Ministério Público.

Intervenção

A turma do ‘deixa disso’ precisou intervir, já que o agressor havia pegado o colega pelo colarinho e se preparava para bater-lhe com a cabeça na parede. O episódio foi narrado à coluna por uma testemunha ocular.

Perdas e danos

O nervosismo do vereador Marivaldo da Várzea tem, porém, razões alheias às denúncias feitas por Onofre. Eleito pelo MDB, ele pulou para o partido de Gladson, a fim de se candidatar à Assembleia Legislativa do Acre. E o ex-prefeito Vagner Sales o acionou na justiça eleitoral por infidelidade partidária. Marivaldo, que perdeu a compostura durante a reunião na prefeitura, pode ficar também sem o mandato.

Pesos e medidas

A propósito, no pacote de demissões promovido por Ilderlei constam cinco médicos que prestavam serviços aos moradores do município. Mas Cordeiro nada diz sobre demitir a mulher, que ocupa cargo de secretária de Ação Social, e nem a irmã, chefe de gabinete na prefeitura. Como eu já disse anteriormente, o atual prefeito cruzeirense sempre foi um homem de família.

PUBLICIDADE
logo-contil-1.png

Anuncie (Publicidade)

© 2023 ContilNet Notícias – Todos os direitos reservados. Desenvolvido e hospedado por TupaHost