Edvaldo Magalhães: “Gehlen não sabe escutar e é proibido líder do governo ficar nervoso”

Durante o acalorado debate na sessão desta terça-feira (12) na Assembleia Legislativa, que teve como pauta o Decreto Governamental 536, que trata sobre a tomada de preços nos processos licitatórios de compra de serviços e produtos pelo Estado, o deputado Edvaldo Magalhães (PC do B), depois de ser chamado de “mentiroso” pelo líder do governo, deputado Gehlen Diniz (Progressistas) reagiu: “eu tenho absoluta certeza que ele não sabe escutar. A gente não pode pedir um aparte que fica nervoso e é proibido líder de governo ficar nervoso”.

O deputado comunista adiantou também que irá divergir muito do líder do governo. “Vossa Excelência tem que escutar, tem que contradizer, tem que conceder apartes e tem que se bem relacionar na Casa. Não pode vir aqui e afirmar que alguém é mentiroso e ficar por isso e eu vou lhe vender um conselho porque o que é vendido você compra se quiser, então eu não vou lhe dar um conselho, eu vou lhe vender um conselho de líder de governo que fui 8 anos nessa Casa: não faça isso com seus colegas porque dessa forma, Vossa Excelência vai perder a melhor condição que um líder pode ter na Casa: a de ser respeitado, escutado pela oposição e a de tratar os assuntos mais delicados com Vossa Excelência. É preciso ter autoridade política até para chamar uma reunião”, ponderou.

Deputado do PCdoB aconselhou Gehlen a ouvir seu conselho/Foto: reprodução

Defendendo ainda que o debate no Legislativo estadual seja de alto nível, Edvaldo ameniza. “Eu só propus o debate e nós temos que ter o debate porque isso aqui não é um mosteiro mas o local do sagrado do debate político. Eu não quero perder a condição de elevar o debate. A gente tem que divergir com respeito, contestar mas manter as relações pessoais. Do contrário, se perde a condição política de fazer as discussões necessárias das pautas da Casa e construir entendimentos porque vai chegar o momento que a base do governo vai precisar de entendimento com a oposição para encaminhar questões delicadas”, lembrou.

Em aparte, o deputado Gehlen Diniz, reafirmou que são mentirosas as informações proferidas por Edvaldo sobre o decreto do governo e que não pediria desculpas ao colega deputado. “Desejo a todos muito saúde para que possamos passar aqui esses quatro anos”, finalizou, avisando ainda a Edvaldo Magalhães que na próxima semana “entrará” no Departamento de Águas e Esgotos do Acre (Depasa), administrado pelo comunista na gestão passada.

O motivo da desavença seria a afirmação do deputado Edvaldo que havia dito em, em discurso anterior, que o decreto do governo estabelece que na fase da tomada de preços, 75% das cotações devem ser de empresas de fora e 25% de empresas locais. “O decreto é autoexplicativo. Basta ler”, destacou.

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