26 de abril de 2024

Bittar: “Da formação da ONU aos dias de hoje, o viés esquerdista foi muito acentuado”

Globalismo e outras Mazelas versus Patriotism

Marcio Bittar*

Em 1964, Ernesto Guevara, o famoso Che, falou na 19ª Assembleia Geral da ONU. Aplaudido com vigor, discursou sobre a famigerada revolução cubana. Dentre outras muitas barbaridades totalitárias, exclamou abertamente: “nós temos que dizer aqui o que é uma verdade conhecida, que temos expressado sempre diante do mundo: fuzilamentos, sim! Fuzilamos, estamos fuzilando e seguiremos fuzilando até que seja necessário. Nossa luta é uma luta até a morte.”

Não foram palavras vazias. Che, antes de virar símbolo da esquerda marxista e da esquerda festiva, foi um assassino frio, contundente e implacável. Cálculos dão conta de que foram fuzilados entre 15.000 e 17.000 inimigos da revolução até o final dos anos 1960. O guerrilheiro e terrorista Guevara foi um dos principais responsáveis por imensa atrocidade, segundo o brilhante Livro Negro do Comunismo.

Não é novidade ditadores serem aclamados em discursos torpes na ONU e seus braços. Recentemente, o tal Conselho de Direitos Humanos aprovou resolução, proposta pelo Irã e apoiada por Maduro, conclamando, candidamente, a colaboração do governo bolivariano com a comissária de direitos humanos, a senhora Michelle Bachelet. Nesse conselho de 47 países há, pelo menos, dez nações controladas por ditaduras abjetas, que não respeitam direitos humanos. São violadores contumazes: Afeganistão, Cuba, Eritreia, Somália, Iraque, Egito, Congo, Arábia Saudita, Camarões e Angola.

Da formação da ONU aos dias de hoje, o viés esquerdista foi muito acentuado. Da simpatia torpe por ditaduras comunistas e islâmicas ao globalismo – não confundir com globalização -, os saltos ideológicos são evidentes. A instituição aprofunda a tentativa de uniformização das nações por meio de grandes temas como a educação e o meio ambiente. Não exerce poder administrativo, mas possui imensa influência ideológica com seus acordos e documentos. Tal espírito reinante na organização explica o choque gerado com os discursos do presidente Bolsonaro e do presidente Trump: foram pronunciamentos frontalmente contra as pretensões globalizantes.

Bolsonaro desafiou: “(…) os ataques sensacionalistas que sofremos por grande parte da mídia internacional devido aos focos de incêndio na Amazônia despertaram nosso sentimento patriótico. É uma falácia dizer que a Amazônia é patrimônio da humanidade e um equívoco, como atestam os cientistas, afirmar que a nossa floresta é o pulmão do mundo. Valendo-se dessas falácias, um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma desrespeitosa, com espírito colonialista. Questionaram aquilo que nos é mais sagrado: a nossa soberania!

Trump afrontou: “se você quer liberdade, mantenha sua soberania e, se quiser paz, ame sua nação (…) O futuro não pertence aos globalistas. O futuro pertence aos patriotas. O futuro pertence a nações soberanas e independentes.”

Os dois causaram a fúria dos vassalos do globalismo e foram atacados por todos os lados. Defender patriotismo e propagar a nação livre e soberana é enfrentar a essência do pensamento atual, perverso, da Organização das Nações Unidas.

Para não restar dúvidas, vejamos como o globalismo é proclamado sem pudores pela instituição afrontada. No importante documento, Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, de 2015, as pretensões globalizantes da ONU são explícitas: “estamos determinados a mobilizar os meios necessários para implementar esta Agenda por meio de uma Parceria Global para o Desenvolvimento Sustentável revitalizada, com base num espírito de solidariedade global reforçada, concentrada em especial nas necessidades dos mais pobres e mais vulneráveis e com a participação de todos os países, todas as partes interessadas e todas as pessoas”, ou “a escala e a ambição da nova Agenda exige uma parceria global revitalizada para garantir a sua execução. Nós nos comprometemos plenamente com isso.”

Entre o globalismo esquerdista da ONU e a defesa da soberania das nações, declaro-me patriota e ressalto o direito universal de termos uma pátria, uma história, um povo, um território e uma tradição. Renovo meus parabéns aos presidentes Bolsonaro e Trump pela coragem e firmeza em combater o globalismo enganoso e interessado.

*Marcio Bittar é senador da República pelo MDB

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