Na Aleac, cientista diz que até o Papa está equivocado ao falar da Amazônia

As ideias de que a Amazônia é o pulmão do mundo e que o desmatamento na região pode contribuir para as alterações climáticas e para a desertificação do restante do país pela falta de chuvas, não passam de balela, de verdadeiras mentiras sem qualquer comprovação científica. São mentiras contadas como estratégia de um conjunto de países e interesses do capitalismo internacional que não querem o desenvolvimento de países como o Brasil e que têm até o Papa Francisco como um de seus divulgadores.

São ideias que, além de implantadas a partir de fortes campanhas internacionais, agora contam com o lobby da Igreja Católica, a partir do Papa Francisco, que estaria usando sua influência ao redor do mundo para difundir tais ideias sem comprovação científica e a serviço apenas de interesses que à soberania nacional do Brasil. Ambientalistas como Chico Mendes e a ex-ministra e Meio Ambiente Marina Silva serviram, ao longo do tempo, como porta-vozes dessas ideias que só contribuíram para aprofundar ainda mais o atraso da Amazônia em termos econômicos e, em particular, de economias como a do Estado do Acre, que não podem ser pautadas apenas pelo extrativismo e que precisam urgentemente de produção em escala.

Pesquisador Luiz Carlos Baldicero Molion esteve na Aelac na manhã desta quinta/Foto: ContilNet

Este é o resumo do pensamento do pesquisador Luiz Carlos Baldicero Molion, PhD em Meteorologia pela Universidade de Wisconsin, USA (1975), pós-doutor em Hidrologia de Florestas pelo Instituto de  Hidrologia, Inglaterra (1983), e acadêmico do Instituto de Estudos Avançados de Berlin (Wissenschaftskolleg), Alemanha, desde 1989, que está no Acre desde a manhã desta quinta-feira (28). Ele é convidado do gabinete do senador Márcio Bittar (MDB-AC) para pelo menos três palestras em Rio Branco, na quais expõe ideias que  vão contra a corrente de pensamento que estabelece a Amazônia como pulmão do mundo e região capaz de promover chuvas no país e em outras regiões do mundo, principalmente na América Central.

O pesquisador falou na Assembleia Legislativa durante sessão solene presidida pelo deputado Roberto Duarte (MDB), atendendo a requerimento do líder do Governo, deputado Gehlen Diniz. Participaram da sessão, além de deputados estaduais, o senador Márcio Bittar, os deputados Manoel Moraes e Chivo Viga, e interessados em ouvir o homem que se apresenta como capaz de questionar até o Papa para garantir que seus estudos põem por terra as ideias de que a Amazônia é capaz de alterar a climatologia do mudo.

Senador Márcio Bittar foi quem articulou a vinda do cientista/Foto: ContilNet

O pesquisador deveria falar sobre o mesmo assunto em palestras no Centro Universitário Uninorte na noite desta quinta-feira e amanhã, sexta (29), para uma plateia de pesquisadores, estudantes, comerciantes e indústrias, na sede do Sebrae, a partir das 9 horas. Segundo ele, as chuvas são provocadas por fenômenos oceânicos e que as  árvores da Amazônia mais consomem oxigênio do  produzem.

Mesmo defendendo tais ideias, Luiz Carlos Luiz Carlos Baldicero Molion se apresentou como um pesquisador que está longe de defender a devastação da Amazônia. “Minhas ideias, como propõe o senador Márcio Bittar, buscam uma reflexão sobre tudo o que foi difundido de forma equivocada e sem comprovação científica ao longo dos anos”, disse.

Molion com o senador Marcio Bittar e os deputados Chico Viga e Manoel Moraes/Foto: ContilNet

O pesquisador disse conhecer o Acre desde os anos 90, quando aqui esteve a convite do então empresário e político Orleir Cameli, falecido em 2013, e aqui desenvolveu pesquisas que comprovam que o Acre poderia ter um novo direcionamento econômico se explorasse matérias primas como a chamada taboca, o bambu e os buritizais naturais. De acordo com o pesquisador, o que pode ser praga, como a taboca e bambu, que crescem em plantios naturais e se apresentam como as maiores reservas do mundo nestas áreas, podem ser explorado economicamente desde o palito de dente ao MDF, um produto da construção civil a partir da madeira do Eucalipto.  “Além disso, o Buriti pode ser a grande redenção econômica da região como produto industrial e gastronômico”, disse o pesquisador.

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