Operação tenta conter fogo no Pantanal que já dura três semanas; fotos

Uma operação foi realizada na região do Pantanal mato-grossense, na última quarta-feira (12), para combater um incêndio que ameaçava destruir a casa de pau-a-pique com teto de palha do morador mais antigo da Reserva Sesc Porto Cercado, na região de Poconé, a 103 km de Cuiabá.

Durante o combate, foram utilizados dois aviões do Corpo de Bombeiros, dois barcos, um helicóptero da Marinha e 15 combatentes por terra.

Casa do morador mais antigo da região foi preservada — Foto: Corpo de Bombeiros

 

Ao todo, foram usados 45 mil litros de água. O incêndio ocorreu em uma região de mata que cerca a casa de Benedito Alves da Silva, de 79 anos.

De acordo com os bombeiros, a água utilizada na operação foi retirada do Rio Cuiabá́ com bombas de água durante horas.

Benedito Alves da Silva, de 79 anos, é o morador mais antigo da Reserva Sesc Porto Cercado em Poconé (MT) — Foto: Corpo de Bombeiros

 

A casa de Benedito é considerada um patrimônio cultural para Mato Grosso. O idoso mora no local desde que nasceu e foi lá que criou seus 13 filhos.

Helicóptero da Marinha foi usado para dar apoio no combate ao incêndio no Pantanal — Foto: Corpo de Bombeiros

Além do Corpo de Bombeiros, participaram da ação o governo de Mato Grosso, Forças Armadas, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Governo de Mato Grosso do Sul e o polo Socioambiental Sesc Pantanal.

Incêndio no Pantanal

Cerca de 204 mil hectares da maior planície alagável do planeta já foram atingidos pelo fogo. O incêndio no Pantanal já dura mais de três semanas.

Não chove na região há mais de 80 dias e o esforço dos bombeiros é muito grande. Quando eles identificam pontos para retirar água, tem que mergulhar para colocar as mangueiras, o que é um risco por causa das cobras e jacarés.

Focos de incêndio no Pantanal triplicam em julho em relação ao mesmo mês de 2019 — Foto: JN

Outro problema é o gado das fazendas que ficam assustados com o fogo e fogem das áreas de pasto.

Muitos animais entram no mato, não conseguem mais sair e morrem queimados. Havia uma previsão de combater o incêndio na região em 10 dias.

Os bombeiros já trabalham com a possibilidade de estender o prazo porque toda hora surgem novos focos de queimadas.

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