26 de abril de 2024

Cientistas identificam a primeira múmia egípcia grávida da história

Exame de uma antiga múmia egípcia pertencente ao Museu Nacional de Varsóvia, na Polônia, revelou o primeiro caso conhecido de grávida embalsamada.

A descoberta de que a múmia, que a princípio se acreditava ser o corpo do general egípcio Hor-Djehutyera, na verdade, uma mulher, ocorreu em 2016, mas o novo estudo, publicado na última quarta (28/4) no jornal científico Journal of Archaeological Science, revelou que a egípcia embalsamada estava grávida.

“Estávamos prestes a concluir o projeto, quando meu marido Stanislaw, um arqueólogo egípcio, olhou as imagens de raio-x e viu um pezinho no útero da falecida”, afirma a antropóloga Marzena Ozarek-Szilke, da Universidade de Varsóvia, uma das autoras do estudo, citada pelo site polonês The First News.

A múmia foi submetida a vários conjuntos de tomografias e raios-X que permitiram um exame mais detalhado de todo o feto. Com isso, foi possível determinar que a mulher estava entre as 26ª e a 28ª semana de gestação.

Cientistas identificam a primeira múmia egípcia grávida da história

A estimativa dos pesquisadores poloneses é que o feto tenha de 26 a 28 semanas (Foto: Facebook/warsawmummyproject/Reprodução)

Os pesquisadores ainda não sabem dizer o sexo do feto. “Por razões desconhecidas, o feto não foi removido do abdômen da falecida durante a mumificação. É por isso que essa múmia é realmente especial.

‘Nossa’ múmia é única reconhecida no mundo com um feto no útero”, comenta o pesquisador Wojciech Ejsmond, da Academia Polonesa de Ciências, outro autor do estudo, também citado pelo site.

Do general à grávida

Como explica o The First News, análises anteriores com tomografia computadorizada sugeriram que a múmia era de uma mulher e não do general, apesar de o sarcófago trazer hieróglifos com o nome do egípcio.

Análises mais detalhadas convenceram os cientistas de que realmente era uma mulher estava sob as bandagens.

Cientistas identificam a primeira múmia egípcia grávida da história

O sangue descoberto nas bandagens poderá ajudar a identificar possíveis causas da morte (Foto: Facebook/warsawmummyproject/Reprodução)

Uma das coisas que perceberam nas tomografias foi a falta de pênis. “Os egípcios mumificariam o órgão. Geralmente se mantém bem preservado”, afirma Marzena Ozarek-Szilke, citada pelo site polonês.

Ao realizar uma reconstrução em 3D do corpo da egípcia, por meio da tomografia computadorizada, foi possível ver seus cabelos longos e encaracolados descendo até os ombros e os seios mumificados.

Os cientistas ainda não descobriram a causa da morte. A estimativa deles é que a mulher morreu quando tinha de 20 a 30 anos.

De acordo com a antropóloga Ozarek-Szilke, na entrevista ao The First News, as bandagens usadas possuem vestígios do sangue da falecida.

Com isso, a intenção é analisar esse material para saber se é possível descobrir a causa da morte – certas toxinas podem indicar doenças específicas.

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