Acreano de escola pública é selecionado para participar de programa da embaixada americana; conheça

Esforço e dedicação. Estas são as palavras que podem descrever a trajetória do estudante Cristhian Jucá Machado, do Colégio Estadual Barão do Rio Branco (CEBRB), rumo à aprovação no programa Jovens Embaixadores 2021. O acreano é o único representante do estado em uma delegação de 33 estudantes de todo o Brasil, vagas estas disputadas por mais de 10 mil pessoas somente nesta edição.

Em decorrência da pandemia de Covid-19, a experiência presencial, que acontecia nos Estados Unidos, precisou ser readaptada para os moldes virtuais. A execução do programa, que está acontecendo desde 14 de junho deste ano e tem data de encerramento para o dia 14 de agosto, conta com uma vasta programação que engloba workshops sobre voluntariado, liderança, cidadania e cultura.

Cristhian descobriu a iniciativa da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil através de um cartaz de divulgação na escola onde estudava. Após isto, ele pesquisou sobre os pré-requisitos para participar, e resolveu fazer a tentativa – que acabou dando certo.

“Estamos tendo uma edição totalmente virtual, recebemos várias coisas em casa como materiais escolares, computadores, uma quantia em dinheiro para custear a internet no decorrer do programa e outros itens, e está sendo maravilhoso. Estamos tendo contato com todos os jovens embaixadores do Brasil, dos Estados Unidos, Canadá, Chile e Argentina. Todos nós estamos estudando juntos e conhecendo uns aos outros”, contou Cristhian, bastante empolgado.

INGLÊS

Em decorrência da necessidade do momento, o processo de candidatura para participar do programa sofreu modificações. Tanto a entrega de documentações comprobatórias do candidato, como as fases de provas escrita e oral, que exigem domínio da língua inglesa, também ocorreram de forma virtual. É importante ressaltar que o programa é ministrado, de forma majoritária, neste idioma, sendo um dos pré-requisitos principais para que os interessados avancem rumo ao sonho de ser jovem embaixador.

“Sobre a prova escrita, foi muito impactante quando eu recebi a notícia (de que havia passado de fase). Todo mundo aqui em casa começou a gritar e a comemorar. Acredito que o meu diferencial neste processo foi o meu inglês. Eu sempre busquei um inglês natural assistindo séries e filmes dos EUA e Canadá para chegar o mais próximo do que se é falado nestes países”, falou o estudante, que também recebeu apoio de professores do Centro de Estudo de Línguas (CEL).

VOLUNTARIADO

Outro ponto primordial é a necessidade de os estudantes estarem participando de uma iniciativa de voluntariado por pelo menos 1 ano antes de submeterem a inscrição. Cristhian faz parte do projeto “Anjos do Carinho”, da igreja que frequenta, onde os voluntários distribuem refeições para pessoas em situação de rua, além de fazerem visitas a unidades de saúde e de pregarem o Evangelho a outras pessoas. “Por conta da pandemia, não está sendo possível a nossa ida a estes hospitais, mas continuamos realizando as ações em datas como Natal e Ano Novo, onde comemoramos com estas pessoas que não tem com quem celebrar”, disse.

ROTINA

Christian conta que a rotina de jovem embaixador tem sido bastante intensa, com reuniões e atividades semanais com outros jovens sobre os mais diversos assuntos. “A vivência está sendo maravilhosa, estamos recebendo muito apoio e ajuda, e eles enfatizam muito a questão da liderança. Eles nos ensinam a sermos verdadeiros líderes, a fazermos projetos mais estruturados, a como identificar problemas na sociedade e a resolvê-los dentro das nossas comunidades. Eu tenho aprendido muito também sobre as diferentes culturas através de reuniões chamadas ‘break-up rooms’, onde ficamos em chamadas com outros jovens para tratar sobre assuntos que tenham sido abordados nas reuniões gerais e sobre nossas culturas”.

Mesmo sem chances de poder conhecer os EUA devido à pandemia, Cristhian não ficou abatido, uma vez que o programa é sempre muito concorrido. Pelo contrário, sabe que o processo para chegar onde chegou foi bastante trabalhoso, e que exigiu esforços dele e de muitas pessoas que lhes deram apoio. “No começo eu fiquei bem triste, mas entendi por causa da pandemia. Eu acho que adaptação que eles fizeram foi fantástica, e nós estamos aproveitando com pessoas de outros países dentro desta modalidade virtual”, finalizou

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