Narciso: ‘O STF é o guardião da nossa constituição e os seus integrantes têm consciência de tão honrosa missão’

Tem sido assim

Os políticos provocam o STF e a seguir reclamam da politização do nosso poder judiciário.  

A interferência do poder judiciário, em particular, do STF-Supremo Tribunal Federal, só acontece quando devidamente acionado. Deliberadamente, o STF não costuma e tampouco pretende se envolver nas questões que deveriam ser solucionadas pelos demais poderes e instituições, entretanto, quando acionado, resta-lhes a arbitragem.

Acontece que, no nosso país, recorrer ao STF virou uma constante, e como consequência, não tem faltado àqueles que reclamam de suas interferências, sobretudo, quando suas decisões não atendem os interesses da parte denunciante. Não creio na politização do nosso STF, menos ainda que as suas decisões derivem da gratidão ao presidente que o indicara para compor a nossa Suprema Corte de Justiça. 

O ministro Kássio Nunes Marques e mais recentemente, o ministro André Mendonça, juraram cumprir a nossa constituição, independente da natural gratidão que tenha com o presidente Jair Bolsonaro por tê-los indicado.

O STF é o guardião da nossa constituição e os seus integrantes têm consciência de tão honrosa e importantíssima missão. O terrivelmente evangélico denominação que o próprio presidente Jair Bolsonaro atribuiu ao hoje ministro André Mendonça só veio contribuir para que o senado retardasse a aprovação do seu nome, isto porque, por sermos um país laico, a escolha de um ministro do STF, independe da religião que professa.

Faltando menos de 10 meses para as nossas próximas eleições, precisamos contar não apenas com o importantíssimo desempenho do nosso STF-Supremo Tribunal Federal, assim como, do nosso TSE-Tribunal Superior Eleitoral, para que as mesmas transcorram num clima bastante diferente daquele que vem sendo anunciado. Eleição sim, guerra não. Assassinato de reputações, jamais.  

A polarização Lula/Bolsonaro, ora estabelecida, não significa que ela se estenderá até as nossas próximas eleições, a não ser que a chamada terceira via continue teimosamente fragmentada, pois em assim procedendo, ao invés do surgimento de uma terceira com potencial de êxito, só fortalecerá a polarização que tanto condenam.

De antemão faz-se necessário que entendamos que o nosso país continua na pior travessia de toda a nossa histórica e as perspectivas para os próximos anos não são animadoras, e piores serão, se as nossas elites, e em todos os níveis, não contribuírem para que possamos superá-las.

O desemprego, o subemprego e a fome, estão aí, a vista de todos, e a prenunciar dias piores, enquanto isto os nossos presidenciáveis só pensam numa coisa, em se viabilizarem eleitoralmente.

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