17 de junho de 2024

Tutores acusam creche animal de matar cachorro no Acre: “Ele foi cozido”

A família tutora do cachorro Benjamin, da raça Pug, gravou um vídeo e publicou nas redes sociais nesta quarta-feira (12), em que a família acusa creche animal de ter matado o cachorro, após ser esquecido dentro do carro pela proprietária do estabelecimento.

Segundo o filho da tutora, Caio Cavalcanti, o pug era considerado um irmão para ele. Em vídeo, Caio fala que Benjamin morreu de forma brutal.

“A gente ainda não tinha se manifestado porque lembrar da forma como ele foi morto é muito triste e ainda dói, principalmente na minha mãe, mas não vamos ficar calados. Depois que vimos como o ocorrido foi exposto pela proprietária da creche, fez doer ainda mais”, disse.

Segundo o filho da tutora e “irmão” do Pug, a proprietária da creche buscou Ben às 7h45 do dia 4 de abril e levou o cachorro para mais um dia na creche. Por volta das 9h, teriam chegado ao local, que fica próximo ao Horto Florestal, em Rio Branco, e ao tirar os cachorros do carro, Benjamin ficou dentro do veículo, na caixa de transporte e, “simplesmente, esqueceram ele dentro do carro”.

Benjamin, o Ben. Foto: Reprodução

A esposa de Caio, Larissa Ribeiro, também fala no vídeo e rebate o que disse a proprietária da creche, de que Ben teria ficado cerca de 40 minutos dentro do veículo.

“Se ela chegou na creche às 9h, isso não condiz com o relatório da veterinária que atendeu o Ben. Pegamos a ficha dele e tem que ele deu entrada no hospital às 11h. Você não demora das 9h40 até às 11h para sair de perto do Horto Florestal e chegar perto do Skate Park, que é onde fica o hospital que ele foi atendido. Ele ficou mais de uma hora dentro do carro”, diz Larissa.

A dentista fala ainda que quando Ben chegou no hospital, o termômetro do veterinário não conseguiu medir a temperatura, de tão alta que estava. “Ele foi cozido dentro do carro, não tinha muito o que que os veterinários pudessem fazer. E eles fizeram todas as manobras que puderam”, disse.

“Não consigo imaginar o que ele passou dentro desse carro”

“Não tinha muito o que os veterinários fazerem, eles fizeram tudo, todas as manobras que puderam para poder tentar salvar a vida do Ben, meu irmão literalmente cozinhou dentro desse carro. Ele chegou com a língua roxa no hospital. Então, é difícil, eu não consigo nem imaginar o que ele passou dentro desse carro, dentro da caixinha dele, esquecido, totalmente sozinho sem ninguém da família por perto para poder ajudar”, disse o “irmão” de Ben.

Caio conta também que a família só soube do ocorrido às 15h, que foi quando a dona do estabelecimento ligou para a tutora, mãe de Caio. “Eu liguei para a dona da creche, que não me falou o que aconteceu, e só falava que ele estava no hospital e estava estável. Em nenhum momento se explicou de forma clara”.

O filho da tutora disse que foi até o hospital ver o cachorro e quando chegou lá, a dona da creche não estava. “E ela ainda teve a crueldade de dizer que ele se agitou depois de me ver. Ele não teve nenhuma reação, ele estava praticamente em estado vegetativo, não sentiu minha presença, nem meu cheiro, não se mexia. A doutora me explicou que ele podia ter tido um dano neurológico pelo tempo que ficou sem oxigênio. Ele teve um espasmo na minha frente, esticou as patas, eu saí da sala e percebi que não estava tudo bem”, relembrou.

Caio explicou que ao perceber o estado de saúde de Ben, foi buscar a mãe, a tutora do animal, e quando retornaram ao hospital, pediram para esperar em uma sala, que a doutora estava indo falar com a família. “Ela informou que nosso irmão tinha falecido”, disse.

Ainda segundo a família, Ben fazia exames de rotina para garantir que estava saudável, inclusive, uma semana antes de sua morte, o animal fez uma bateria de exames. “Ele estava bem de saúde, todos os exames mostraram isso”.

Larissa também acrescentou que o sobrepeso e outras condições do animal não são uma justificativa para a morte de Ben, que estava sob os cuidados da creche. “Um Pug todo mundo sabe que é uma raça que exige mais cuidado, você tem que ter mais atenção, você simplesmente não só tenta justificar por conta da raça do cachorro”, disse.

“Não foi uma fatalidade, foi negligência. Essa é a palavra certa. Ele foi esquecido por quem deveria ter cuidado dele, quem deveria ter protegido ele”, afirmou Caio.

O caso já foi denunciado ao Ministério Público titular para esse tipo de ação. A família também registrou um boletim de ocorrência.

A reportagem do ContilNet tentou contato com a creche, mas não houve retorno. O espaço fica aberto para quaisquer esclarecimentos.

Veja vídeo:

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